o segundo turno, mas com Tarcísio na frente. De acordo com o TSE, o candidato do Republicanos teve 42,32% dos votos contra 35,7%.
Senado
Algumas previsões das empresas para o Senado também falharam. Em Goiás, o Ipec previa a eleição de Marconi Perillo (PSDB), com 31%. No entanto, quem venceu foi Wilder Morais (PL), com 25,25% — no Ipec, ele era apenas o quarto colocado.
Para São Paulo, Márcio França (PSB) era colocado como favorito por Datafolha e Ipec, com 45% e 43%, respectivamente. O eleito, entretanto, foi o ex-ministro Marcos Pontes (PL), com 49,68%, colocado em segundo nas pesquisas.
Outra estimativa que não se confirmou foi em Santa Catarina. Jorge Seif (PL), que tinha apenas 19% das intenções de voto segundo o Ipec, venceu a disputa com 39,79%. Raimundo Colombo (PSD) liderava as pesquisas do instituto, mas ficou em segundo.
No Rio Grande do Sul, o Ipec também não acertou. O instituto colocava Olívio Dutra (PT) como favorito, mas o vencedor foi Hamilton Mourão (Republicanos).
Perda de credibilidade
Na avaliação de especialistas, a quantidade de erros compromete a credibilidade das empresas. Doutor em ciência política, Leandro Gabiati diz que os institutos de pesquisa fazem parte do processo eleitoral e ajudam o eleitor a entender melhor em qual contexto ele vai votar, mas alerta que a baixa assertividade atrapalha o cenário eleitoral.
Quando as pesquisas trazem informações erradas, isso confunde o eleitor. E se os institutos passam a ter descrédito na sociedade e com atores políticos, isso é negativo para a democracia como um todo. É fundamental que os institutos façam uma mea culpa e aprimorem a metodologia e as ferramentas de pesquisa para acertar mais
Segundo ele, até o segundo turno, que acontece em 30 de outubro, a tendência é de que a sociedade não acredite nas pesquisas de intenção de voto que serão divulgadas. “Os institutos continuarão fazendo pesquisas. Os que contratam vão continuar contratando, mas certamente com muita dúvida e muito questionamento naquilo que venham a apresentar nos próximos 30 dias. Ainda que acertem, a desconfiança está posta.”
O cientista político Rócio Barreto acredita que os institutos também precisam aperfeiçoar a metodologia dos levantamentos. Na avaliação dele, as empresas deixaram de considerar alguns aspectos do eleitorado, como o voto dos indecisos. “É preciso investigar melhor o motivo de a pessoa estar indecisa. Perguntar em quem ela poderia votar caso mude de ideia, se ela tem um plano B para a eleição. Esse percentual pode fazer a diferença no resultado final da pesquisa.”
Com informações do R7


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