O governo federal quer instalar vidros blindados no Palácio do Planalto para “aumentar” a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos servidores que atuam no prédio. A informação é do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Antônio Amaro.
“Pretendo acelerar o projeto de blindagem do piso térreo do Planalto”, disse o general ao site Metrópoles. As paredes do prédio são de vidro e, conforme o ministro, foram quebradas na invasão do 8 de janeiro. “Este é um palácio tombado, mas algumas medidas podem ser adotadas para melhorar a segurança.”
Ainda conforme o GSI, a intenção do governo também é aumentar o número de câmeras de segurança nas instalações do Executivo. “Haverá uma ampliação significativa”, admite o general. A ideia do governo federal é que os equipamentos tenham reconhecimento facial. Eles devem ser instalados no Planalto, no Alvorada (residência oficial do presidente) e no Jaburu (vice-presidente).
O GSI, contudo, ainda não tem uma data para a blindagem dos vidros e instalação das câmeras nem o valor que o governo federal vai gastar para equipar as sedes.
Os primeiros requerimentos da CPMI
Iniciada na quinta-feira 25, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro já recebeu 19 requerimentos. De modo oficial, dez documentos foram protocolados pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Já outros nove pertencem a dois deputados do Psol: Érika Hilton (SP) e Pastor Henrique Vieira (RJ).
Entre os requerimentos propostos por Izalci, estão as convocações do ex-ministro Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal; e do delegado-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues.
Além de pedirem a convocação de Torres, os deputados do Psol solicitaram uma reunião dos membros da CPMI com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
