O deputado americano George Santos, de origem brasileira, foi preso em Nova Iorque nesta quarta-feira, 10, sob acusação de lavagem de dinheiro. Segundo a lei dos EUA, ele deve comparecer perante um juiz ainda hoje, mas poderá responder em liberdade e manter seu mandato como parlamentar.
Os procuradores da cidade indiciaram Santos na terça-feira 9. Eles alegam na denúncia que o deputado cometeu fraude ao convencer eleitores e apoiadores a doar dinheiro para sua campanha, enquanto utilizava esses recursos para adquirir itens de luxo e pagar suas despesas pessoais no cartão de crédito.
Embora tenha nascido em Nova Iorque e seja membro do Partido Republicano, Santos possui cidadania brasileira e viveu parte de sua vida no Brasil. Sua ascensão ao cargo foi marcada por uma suposta falsificação em seu currículo.
Além disso, uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA está investigando as acusações contra Santos. Embora ele tenha admitido que mentiu, afirmou que não renunciaria ao cargo.
Segundo o jornal The New York Times, Santos pode ser liberado mediante pagamento de fiança e comprometimento de comparecer quando solicitado pelas autoridades.
Falsas alegações
Entre outras alegações, o deputado afirmou ser formado na Universidade de Nova Iorque e do Baruch College, embora não haja registros de sua frequência nessas instituições. Além disso, Santos alegou falsamente ter trabalhado nos bancos Goldman Sachs e Citigroup.
Outra mentira foi sua afirmação de ser judeu e de que seus avós haviam escapado dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, Santos, que diz ser homossexual, omitiu o fato de ter sido casado com uma mulher por vários anos, sendo o matrimônio encerrado em 2019.
Desde então, George Santos admitiu ter inventado grande parte de seu currículo.
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