Bolsonaro diz que operação foi feita para ‘esculachar’

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha feito qualquer fraude no documento ou que tenha se imunizado contra a covid-19, como consta no sistema do Ministério da Saúde. Na saída de sua casa em Brasília, onde a PF apreendeu seu telefone celular, Bolsonaro afirmou que a operação policial de ontem é para “criar um fato”.

“Fico surpreso com a busca e apreensão na casa do ex-presidente para criar um fato”, disse Bolsonaro. De acordo com Bolsonaro, seu celular levado pelos policiais não tem senha porque ele não tem nada a esconder. “Nunca me foi pedido cartão de vacina, não existe adulteração da minha parte”, defendeu-se o ex-presidente. “Não tomei vacina porque li a bula da Pfizer, só isso e mais nada”, acrescentou.

Ele ressalta que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou vacina. “Que bom se estivéssemos em um país democrático para discutir todos os assuntos. Tem assunto proibido no Brasil e um deles é vacina”, reclamou Bolsonaro. O ex-presidente reafirmou, na tarde da quarta-feira (3), que não cometeu “nenhuma fraude”, após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga irregularidades em dados de vacinação contra a Covid-19. Segundo o ex-mandatário, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, pela manhã, foi uma ação policial com objetivo de “esculachar”.

“Essa questão de hoje (quarta), receber a PF na sua casa, não há dúvida de que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação para mim, sobre o cartão, eu responderia, sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, declarou à Jovem Pan.

PGR se opôs a operação da Federal

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, manifestou-se em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), de maneira contrária à operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que consta em decisão.

Segundo o entendimento de Lindôra, os “elementos de informação incorporados aos autos não servem como indícios minimamente consistentes para vincular o ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e a sua esposa, Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, aos supostos fatos ilícitos descritos na representação da Polícia Federal, quer como coautores quer como partícipes”.

MS: “Não houve invasão externa”

O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (3/5), que não identificou “relato de invasão externa ao sistema” para inserir dados sobre vacinas.

“Todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Não há relato de invasão externa (sem cadastro) ao sistema do Ministério da Saúde, que mantém rotina para a sua segurança e regularmente passa por auditoria”, esclarece nota da pasta.

Repercussão entre políticos é diversa

Após reunião na sede do PL com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal e líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou, na quarta-feira (3), que o ex-presidente não deve nada a ninguém e destacou que o partido considera um “absurdo” as buscas na casa de Bolsonaro por uma suposta fraude no cartão de vacinas.

O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), sugeriu que a ação foi uma forma de criar “um fato político” para desgastar a imagem de Bolsonaro e aliados.

Como possíveis motivos para a medida, Altineu citou a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, a participação do ex-presidente no Agrishow e o adiamento da votação do projeto de lei (PL) das Fake News na Câmara, na noite de terça-feira (2/5).

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (3/5), que a suposta fraude no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “preocupante”. No entanto, Lira pediu “cautela” em relação aos desdobramentos políticos do caso. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), destacou, nesta quarta-feira (3/5), a necessidade de investigação sobre suposta falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19.

Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (3/5), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que “conspirar contra a saúde pública é uma corrupção gravíssima”. A declaração foi dada em reposta a uma pergunta do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) sobre a atuação do governo federal no combate à corrupção.

Dallagnol criticou a condução da investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente da República: “Hoje vejo um estado investigando uma falsificação de carteira de vacinação. Não que não deva ser investigado, tudo deve ser investigado, mas a questão é a proporção e a gravidade dos fatos”, disse.

Bolsonaro reúne filhos e cúpula do PL

A busca e a apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro movimentaram a cúpula do PL, na quarta-feira (3). Logo após ser alvo da operação da Polícia Federal (PF), o ex-chefe do Executivo federal foi à sede do partido, em Brasília, com seus dois filhos parlamentares, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para definir estratégias diante da repercussão do caso.

Bolsonaro também se reuniu com o ex-ministro das Comunicações Fábio Wajngarten e o advogado Marcelo Bessa para formular sua defesa no processo. Na sede da Polícia Federal (PF), mais cedo, Wajngarten afirmou que o ex-presidente só prestará depoimento à PF após ter acesso aos autos do processo. Grupo aliado a Jair Bolsonaro deve manter discurso de que operação da PF foi uma “retaliação” de Moraes e do governo Lula ao ex-presidente.

Legal nos EUA

Mesmo sem ter tomado a vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro entrou de forma legal nos Estados Unidos, em todas as vezes que foi ao país como presidente da República após o início da pandemia. Ele se enquadrava na lista de pessoas que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos permitia entrar no país sem comprovação de vacinação completa contra o novo coronavírus. A mesma lista de exceções do CDC também abarca a filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, de 12 anos. Segundo as regras do órgão, pessoas menores de 18 anos de idade também não são obrigadas a comprovar que são vacinadas para entrar em território americano.

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