O Atlético-MG conseguiu um alívio nesta quarta-feira, 3, ao vencer a primeira na Copa Libertadores depois de duas derrotas nas primeiras rodadas. O Galo fez 2 a 0 no Alianza Lima, no Independência, e empatou em pontos com o Libertad, que ainda joga na rodada contra o Athletico-PR – que pode disparar na liderança do Grupo G. No primeiro tempo, o Atlético-MG sofreu. Pressionado pelo resultado, perdeu muitas chances de gol. Nos acréscimos, o árbitro marcou pênalti para o Galo. Hulk foi para a cobrança e o goleiro defendeu. O que parecia um drama, se dissolveu aos 14 minutos do segundo tempo quando Igor Gomes fez boa jogada pela esquerda e bateu no canto, abrindo o placar. Dez minutos depois, Igor chutou no mesmo cantinho e ampliou para 2 a 0. A vitória dá fôlego para a equipe tentar a classificação às oitavas de final. O próximo jogo será contra o Athletico-PR, no dia 23 de maio, em casa. É importante que o Galo vença para permanecer na briga.
4 de maio de 2023
Após estrear com derrota na Copa Libertadores, o Palmeiras segue mostrando recuperação na competição. Com força total, o time alviverde viajou até o Equador e enfrentou o Barcelona, vencendo por 2 a 0. O jogo foi bem disputado e não foi tão fácil para os palmeirenses, que perderam Murilo lesionado. O primeiro gol saiu apenas nos acréscimos do primeiro tempo, com Raphael Veiga. No segundo tempo, Gustavo Gómez ampliou aos dois minutos e o jogo ficou controlado. O resultado deixa o Palmeiras em segundo no Grupo C com 6 pontos, empatado com o Bolívar (perde no saldo de gols). Em terceiro aparece o Barcelona com 3 pontos, mesma pontuação do Cerro Porteño. Na próxima rodada, o Palmeiras enfrenta o Cerro, fora de casa, no dia 25 de maio.
A cantora Iza surpreendeu os fãs da norte-americana Alicia Keys em show nesta quarta-feira, 3, no Rio de Janeiro. A artista foi convidada para subir ao palco e cantou ‘Dona de Mim’ ao lado da cantora de 42 anos. As duas ainda cantarolaram ‘Un-Thinkable’. O show na Jeunesse Arena iniciou a turnê Alicia+Keys World Tour 2023 na América Latina. Nesta sexta-feira, 5, a norte-americana se apresenta no Allianz Parque, em São Paulo, e ainda há ingressos disponíveis que vão de R$ 550 a R$ 780. Depois do Brasil, Alicia ainda passa pela Argentina, Chile, Colômbia e encerra essa parte da turnê no México em 19 de maio.
ELA VENCEU! IZA e Alicia Keys cantando Dona de Mim na Alicia+Keys World Tour, no Rio de Janeiro.
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— IZA Gallery (@izagallery) May 4, 2023
Rússia classifica ofensiva contra o Kremlin como ‘ataque terrorista’ e abre processo judicial
O Comitê de Investigação da Rússia abriu, nesta quarta-feira, 3, um processo judicial por causa do ataque com drones realizado contra o Kremlin. A ação foi classificada como um “ataque terrorista” e as autoridades russas culpam a Ucrânia pelo ato. “O Departamento Principal do Comitê de Investigação da Rússia abriu um processo (…) em relação a uma tentativa de ataque à residência do presidente russo no Kremlin”, informou o Comitê através de comunicado. Horas antes do comunicado, a Presidência da Rússia acusou a Ucrânia de tentar assassinar Vladimir Putin, acusação que Kiev rejeitou. “Não atacamos Putin ou Moscou, apenas lutamos em nosso território, defendemos nossas vilas e cidades”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em entrevista coletiva na Finlândia, onde se reuniu com líderes de Estado de Finlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e Islândia. A presidência russa disse ainda que o governo “se reserva o direito de tomar medidas de retaliação onde e quando considerar apropriado”. Autoridades do alto escalão russo, incluindo o vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, pediram que Putin aja com firmeza por meio do uso de armas capazes de “destruir” as autoridades de Kiev ou levar à “eliminação física” de Zelensky.
MP-RJ denuncia oito pessoas por morte de garota prensada por carro alegórico na Sapucaí
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) indiciou oito pessoas por homicídio culposo pela morte de Raquel Antunes, garota de 11 anos que foi esmagada por um carro alegórico contra um poste no Carnaval de 2022. Segundo o MP-RJ, o desfile da escola de samba Em Cima da Hora desobedeceu diversas normas de segurança, o que provocou a tragédia. O caso aconteceu na Marquês de Sapucaí durante a dispersão do desfile da escola de samba Em Cima da Hora, quando o caminhão que rebocava uma alegoria prensou o corpo da jovem contra um poste de iluminação. A garota foi socorrida e levada ao Hospital Souza Aguiar, onde teve membros amputados. Entretanto, a jovem não sobreviveu. Dentre os denunciados, estão o ex-presidente da escola de samba, o motorista do caminhão e o ex-presidente da Liga de Acesso do carnaval carioca. Em fevereiro de 2023, a polícia do Rio de Janeiro indiciou cinco pessoas por homicídio doloso, quando há intenção de matar. Entretanto, o MP-RJ teve um entendimento diferente, incluindo outras três pessoas na denúncia e mudando a acusação para homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os três novos indiciados são dois membros da comissão de dispersão que não estavam no local no momento do acidente e um guia do caminhão que rebocava a alegoria. Os três foram indiciados após um aprofundamento das investigações das autoridades.
Inflação em São Paulo avança 0,43% em abril e acumula alta de 1,89% nos quatro primeiros meses do ano
Um dos principais indicadores do custo de vida na cidade de São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,43% em abril. O percentual representa uma aceleração em relação a março, quando houve alta de 0,39%. O levantamento foi publicado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira, 4. A inflação acumulada nos primeiros quatro meses do ano chegou a 1,89%. Já o acumulado dos últimos doze meses acumula 4,52%. Quatro dos sete componentes avaliados pelo IPC-Fipe durante abril avançaram, com destaque para Saúde que teve alta de 2,05%, ante 0,32% de março. O item Alimentação foi de 0,59% para 0,86%, enquanto Vestuário saltou de 0,84% para 0,97%. Habitação teve um deflação indo de -0,07% para -0,04%. Três categorias apresentaram arrefecimento de preços. O custo com Transportes foi de 1,08% para 0,35%, enquanto Despesas Pessoais saiu de 0,17% para -0,08%. Educação teve queda de 0,21% para 0,16%.
Três em cada quatro consumidores brasileiros usam Pix para compras online, aponta pesquisa
Três em cada quatro consumidores brasileiros já utilizaram Pix para realizar compras online. Em paralelo a isso, 31% das pessoas já desistiram de comprar algum produto por causa das opções de pagamento disponíveis. Os dados foram revelados pela CX Trends 2023, pesquisa realizada pela Octadesk em parceria com a Opinion Box. Com a economia considerada incerta, os consumidores passaram a pesquisar mais e gastar menos. De acordo com a head de receita da Octadesk, Mahara Scholz, a experiência que as empresas oferecem pode impactar diretamente na retenção e no crescimento dos negócios. “O Pix vem justamente para ajudar nisso. Porque experiência quer dizer o que? É eu conseguir ir mais rápido o que eu queria. E o que eu queria não é necessariamente procurar um produto e colocar no meu carrinho. Eu quero o produto na minha casa. Então quanto mais rápido a gente conseguir fazer isso e antecipar essa entrega de valor para o consumidor melhor. Como a experiência é um fator decisivo, o Pix acaba acelerando um processo que antes demorava. […] Eu consigo acelerar o processo”, diz Scholz.
A pesquisa ainda revelou que, em 2022, 66% dos entrevistados pretendiam usar o Pix, que não havia completado nem dois anos de existência. Neste ano, o estudo realizado por mais de 2 mil consumidores online em todo país, descobriu que o sucesso do meio de pagamento digital e gratuito é cada vez mais evidente. Pela primeira vez, o Pix parcelado também apareceu no levantamento. “O Pix parcelado acabou de ser lançado e já aparece com 3%, mais do que boleto parcelado e muito próximo de carteiras digitais e do boleto normal em termo de representatividade. Isso mostra a facilidade e rapidez de adesão do consumidor brasileiro”, continua a head da Octadesk.
Quando questionada sobre qual seria a principal ação que as empresas poderiam adotar para melhorar a experiência de compra online, Mahara avalia a necessidade de desenvolver a facilidade de acesso ao meio de pagamento. “No físico, você tem uma pessoa te passando o papelzinho com o número do telefone, do Pix, ou um QR Code. Ou ele vem por mensagem de Whatsapp ou e-mail. A forma como a gente facilita utilizar o Pix.[…] Eu vejo que esse avanço em relação a como eu consigo passar uma informação para uma pessoa comprar, parece algo simples, mas, se você for parar para pensar no trabalho que você tem para copiar um Pix de CNPJ […] é algo que demanda muito tempo. A quantidade de etapas que eu tenho até conseguir entrar e fazer o Pix ainda é muito grande”, diz a especialista.
Já em relação à parcela dos consumidores que ainda se sentem inseguros com as compras online, a head acredita que o fator está mais relacionado com a credibilidade de cada empresa do que com o meio de pagamento escolhido. “A gente vê tanto notas no Google como no Reclame Aqui como os dois principais lugares para pesquisar antes de comprar em qualquer empresa, além de como as empresas utilizam cada canal. Como tem muitos novos canais de comunicação com o consumidor, a gente vê muitas empresas utilizando de forma não profissional (os canais). Isso passa baixa credibilidade e, por consequência, você acaba perdendo uma venda antes disso”, conclui a especialista. Dentre os meios de pagamentos preferidos, o cartão de crédito segue na liderança, com 61% das escolhas, seguindo pelo Pix à vista, com 18%, e pelo cartão de débito, com 6%.
‘Feliz em não ser mais necessária’, diz Luisa Mell ao deixar instituto que levava seu nome
A apresentadora e ativista da causa animal Luisa Mell se despediu da ONG que levava seu nome e passou a se chamar Instituto Caramelo. Na noite desta quarta-feira, 3, a artista publicou nas redes sociais: “Em nome de todos os caramelos, preciso dizer que fico tranquila. E quero que fiquem também. Apesar das divergências entre mim e a diretoria, preciso que entendam que toda a equipe veterinária é maravilhosa, de total e absoluta competência e confiança. O mesmo posso garantir dos tratadores”. Quando anunciou a alteração de nome, o instituto declarou que Luisa nunca contribuiu com recursos financeiros e que seu nome era usado para dar mais visibilidade ao trabalho da entidade. Em seu texto de despedida, a ativista comentou: “A parte financeira também estou tranquila, os novos diretores tem muito recursos e se comprometeram a nunca deixar faltar nada. Quanto a mim, saio com um buraco no peito, mas também feliz em hoje não ser mais necessária. Buscarei um novo caminho… mas sempre com a missão, que mesmo que eu queira não sai do meu coração”. A ativista agradeceu o apoio que recebeu em meio ao atrito com o agora Instituto Caramelo e enfatizou que seus propósitos seguem os mesmos. “A causa animal é muito maior do que minha existência. Sigo usando tudo o que me foi dado para salvar e defender os animais. Meu compromisso é com eles. Sempre será.”
Já apliquei bastante vacina, mas no Bolsonaro, não’, diz técnica de enfermagem que teve nome usado em suposto esquema
Técnica de enfermagem da Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Silvana de Oliveira Pereira, de 36 anos, foi surpreendida ao ter seu nome vinculado às investigações que atingiram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira.
Segundo relatório da Polícia Federal, Silvana foi a profissional que “aplicou” a segunda dose da vacina da Pfizer em Bolsonaro em 14 de outubro de 2022, conforme um registro falso inserido no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro e apagado seis dias depois.
— Não apliquei vacina nele. Sou realmente técnica de enfermagem e já apliquei bastante vacina, mas nele, não — disse Silvana ao GLOBO.
Ela afirmou que, em outubro passado, trabalhava na emergência da UPH Pilar, no município de Duque de Caxias, e não no Centro Municipal de Saúde, onde o registro apontava que Bolsonaro havia sido vacinado. Segundo Silvana, seu nome foi usado sem seu conhecimento no suposto esquema de fraude investigado pela PF.
A investigação da PF aponta que registros de vacinação do ex-presidente e de sua filha caçula, Laura, foram inseridos no sistema do Ministério da Saúde em 21 de dezembro de 2022 e apagados no dia 27 sob a justificativa de “erro”.
A suposta fraude teria sido possível por meio de um esquema montado na Prefeitura de Duque de Caxias, por onde os registros foram inseridos e excluídos do sistema da Saúde. À época, Bolsonaro e seus familiares estavam prestes a viajar para a Flórida, nos Estados Unidos, onde passaram uma temporada de três meses.
A suspeita é que, entre a inclusão e a exclusão dos dados, Bolsonaro tenha emitido seu certificado de vacinação, a fim de que pudesse comprovar que estava imunizado, caso fosse necessário. A exclusão dos dados teria ocorrido para que ele mantivesse o discurso antivacina, que foi uma marca de seu mandato.
Câmara aprova urgência de projeto que pode derrubar decretos de Lula sobre as leis do saneamento
A Câmara aprovou, nesta quarta-feira, um requerimento de urgência que pode suspender dois parágrafos do decreto nº 11.467, de 5 de abril de 2023, que atualiza a regulação das leis de saneamento. O decreto do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gerou insatisfação pessoal no presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de parlamentares, que reclamavam das mudanças na lei aprovada ainda no mandato de Jair Bolsonaro (PL).
Os decretos de Lula trazem dois pontos considerados questionáveis por parlamentares e especialistas do setor: a possibilidade de empresas estaduais prestarem o serviço em áreas metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões sem necessidade de licitação, e a permissão para a regularização de contratos precários.
Uma das principais inovações do marco regulatório de 2020 era forçar as companhias estaduais deficitárias a organizarem as contas e comprovarem capacidade financeira de fazer os investimentos necessários a ampliar o acesso da população à água potável e tratamento de esgoto. O objetivo final era cumprir a meta de universalização do acesso em 2033 – ou seja, fornecer água para 99% da população e coleta e tratamento de esgoto para 90%.
Em caso de falta de capacidade, as companhias teriam obrigatoriamente que abrir licitação ou firmar Parceiras-Público Privadas (PPPs) para assegurar o serviço, sob pena de não ter acesso a recursos públicos. Um dos decretos editados por Lula flexibiliza os critérios a serem adotados nesta análise, que já foi realizada pelas companhias nos últimos dois anos e permite que elas refaçam o processo até 31 de dezembro de 2023.
Lira reclamou publicamente dos atos de Lula:
“Defendo a revisão do Marco Legal do Saneamento com o propósito de aperfeiçoar a legislação vigente. Porém, alerto que o parlamento irá analisar criteriosamente as sugestões, mas não vai admitir retrocessos”, escreveu Lira em sua rede social.
Na ocasião, o líder do PP na Casa, André Fufuca (MA), foi enfático em dizer ao GLOBO que a sigla “não apoiará nenhum retrocesso em relação ao Marco Legal do Saneamento”.
— Debateremos com responsabilidade qualquer ponto que vise positivar ou melhorar o tema — completou ele, seguindo a mesma linha que o presidente da Câmara.
PF tem 60 dias para analisar material apreendido na casa de Bolsonaro e apresentar relatório
A Polícia Federal terá 60 dias para analisar todo o material apreendido durante a Operação Venire, que apura fraude em cartões de vacina como o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de Bolsonaro, no Jardim Botânico, em Brasília, nesta quarta-feira (3/5).
Na decisão em que autoriza a operação, do último dia 28 de abril, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que a PF deverá apresentar relatório parcial sobre o material apreendido em até dois meses.
“A Polícia Federal deverá analisar o material e o conteúdo eletrônico apreendidos de forma prioritária, apresentando relatório parcial no prazo máximo de 60 dias”, escreveu Moraes na decisão.
Fotos: Reprodução/Instagram
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postou uma foto de seu cartão de vacinação, em seu perfil no Instagram, na noite desta quarta-feira (3.mai.2023). Mais cedo, a casa dela e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal) por suposta fraude em cartões de vacinação contra a covid-19.
A presidente do PL Mulher também compartilhou uma imagem com o médico que a teria vacinado, Albert Levy. “Dr. Albert Levy, formado pela UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], emigrou para Nova York. Ele foi o responsável por me vacinar”, escreveu Michelle na publicação.
Ela já tinha compartilhado mais cedo que foi a única a ser vacinada na família.
Volkswagen reduz produção a um turno em duas fábricas paradas atingem metade das montadoras
A Volkswagen vai reduzir de dois para um único turno a produção nas fábricas de São José dos Pinhais, no Paraná, e Taubaté, no interior de São Paulo, a partir de 1º de junho. A montadora já tinha parado a produção dessas duas unidades no mês passado, mas foi forçada a realizar novo ajuste em razão das vendas de carros abaixo das expectativas.
Os trabalhadores terão contratos suspensos, o chamado layoff, por dois a cinco meses. Em Taubaté, onde é montado o Polo Track, sucessor do Gol, a medida atinge 799 trabalhadores, conforme informação do sindicato dos metalúrgicos da região.
Já na fábrica paranaense, que produz o utilitário esportivo T-Cross, o número de operários que entrarão em layoff ainda não foi fechado. A expectativa do sindicato é de que seja algo ao redor de 600.
Regras diplomáticas beneficiaram que Bolsonaro entrasse nos EUA sem cartão de vacinação, avaliam especialistas
Especialistas ouvidos pela CNN explicam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisaria apresentar sua carteira de vacinação contra a Covid-19 para entrada nos Estados Unidos como chefe de Estado em missão oficial, de acordo com regras dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças do país (CDC na sigla em inglês).
Foi deflagrada na quarta-feira (3), pela Polícia Federal (PF), a Operação Venire, que investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra a doença causada pelo coronavírus nos sistemas do Ministério da Saúde (SI-PNI e RNDS). Bolsonaro teve seu celular apreendido na ocasião.
As inserções, conforme a PF, ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. Nesse período, o ex-chefe do Executivo esteve nos EUA por três vezes:
- Cúpula das Américas: 9 de junho de 2022
- Assembleia-Geral da ONU: 19 de setembro de 2022
- Viagem pessoal: 30 de dezembro de 2022
A professora de Direito Internacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie Helisane Mahlke explica que, no dia 30 de dezembro de 2022, quando Bolsonaro viajou para a Flórida em seu penúltimo dia de mandato, com o avião presidencial e passaporte diplomático, a regra para entrada era a mesma das demais vezes: teste de Covid-19 negativo.
A tese é corroborada pela defesa do ex-presidente. De acordo com uma nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesse e Fabio Wajngarten, o ex-presidente nunca recebeu qualquer imunizante contra Covid e, que, em seu mandato, “somente ingressou em países estrangeiros que aceitassem tal condição ou se dessem por satisfeitos com a realização de teste viral, procedimento adotado em diversas ocasiões”.
Ao deixar a sede da Polícia Federal na tarde de hoje (3), o advogado Fabio Wajngarten, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente só irá depor depois de ter acesso aos autos da Operação Venire.
“O Marcelo Bessa acompanhou a ação, logo cedo, de busca e apreensão na residência do (ex) presidente, e já peticionou ao ministro Alexandre de Moraes pedido para ter acesso aos autos da operação de hoje. O presidente virá depor tão logo tenha acesso aos autos, fato este que ainda não se consumou”.
Wajngarten informou a jornalistas que até o momento, não teve acesso nem aos depoimentos dos outros investigados: o policial militar Max Guilherme, segurança do ex-presidente; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; além do militar do Exército Sérgio Cordeiro, que era segurança presidencial.
Entretanto, o advogado afirmou que já entrou com uma petição junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso.
Valor da contribuição previdenciária do MEI sobe após aumento do salário mínimo
A contribuição mensal do MEI (microempreendedor individual) terá um novo valor a partir deste mês. A mudança ocorre em razão do reajuste do salário mínimo, que passou de R$ 1.302 para R$ 1.320, em 1º de maio. Com isso, a contribuição previdenciária do MEI, que estava em R$ 65,10, sobe para R$ 66, segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O valor corresponde a 5% do salário mínimo, mais R$ 1 para quem exerce atividades sujeitas ao pagamento de ICMS e R$ 5 para quem exerce atividades sujeitas ao ISSQN (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).
Dessa forma, a contribuição mensal do MEI poderá chegar a até R$ 72,00, a depender da atividade exercida. Já para o MEI Caminhoneiro, o valor será entre R$ 159,40 e R$ 164,40, de acordo com o tipo de produto transportado e o local ao qual é destinado.
Sebrae
O Sebrae explica que o reajuste é calculado automaticamente no momento de emissão do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que deve ser pago até o dia 20 de todos os meses. A emissão do DAS pode ser feita pelo portal do Sebrae sem custo algum para o MEI.
Para isso, o MEI deverá realizar o login no portal do Sebrae e acessar o ambiente personalizado “Meu Mural”, onde estará disponível a emissão do boleto ou código para pagamento online, bem como a consulta ao histórico de pagamentos da contribuição.
Caso o usuário não possua o CNPJ MEI vinculado, basta que ele insira o dado no campo “CNPJ” para fazer a emissão. Para o usuário que já possui um CNPJ MEI vinculado ao seu cadastro, basta um clique para acessar as guias da contribuição, pois o campo “CNPJ” já aparece automaticamente preenchido. Clicando em “Ver boletos pagos”, é possível conferir o histórico de pagamentos.
Direitos
Por meio da contribuição obrigatória, o microempreendedor individual tem direito a vários benefícios previdenciários, como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, aposentadoria por idade e auxílio-reclusão para seus familiares. O cálculo dos benefícios é efetuado com base nas contribuições realizadas pelo segurado, cumprindo o prazo de carência mínima de cada benefício previdenciário.
O que é MEI?
Somente em 2022, dos 3,6 milhões de novos empreendimentos criados, 78%, ou seja, 2,8 milhões, foram microempreendedores individuais. O microempreendedor individual é o empresário que possui uma empresa independente. Para o registro do MEI, o empreendedor deve estar ciente de que seu faturamento não pode ultrapassar R$ 81 mil por ano, de que não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular e deve ter — no máximo — um empregado contratado.
Marido suspeito de atear fogo na esposa é preso; vítima teve 95% do corpo queimado
O marido de uma mulher que teve 95% do corpo queimado na zona rural de Campo Grande, no Oeste potiguar, foi preso. De acordo com a Polícia Civil, o homem é suspeito de ter ateado fogo contra a vítima, em uma tentativa de feminicídio. Ele estava foragido e se entregou na tarde desta quarta (3).
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o suspeito “se reservou ao direito de permanecer em silêncio” e não prestou esclarecimentos sobre o crime. A vítima continua internada em estado grave.
Testemunha
Na última segunda-feira (1º), o delegado responsável pelo caso disse que uma testemunha confirmou que o homem teria ateado fogo na vítima, que está internada no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.
Na residência onde o caso aconteceu, os investigadores encontraram uma garrafa vazia com vestígios de material inflamável, além de outros objetos que foram apreendidos para serem periciados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia.
O caso
A mulher de 49 anos foi internada em estado grave no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, após ter 95% do corpo queimado com gasolina, na madrugada da última sexta-feira (28).
Segundo servidores da unidade de saúde, ao dar entrada na unidade, a vítima relatou aos profissionais que foi atacada com gasolina e fogo pelo companheiro dela. No entanto, enteadas da mulher deram outra versão e afirmaram na ocasião que acreditavam que um curto-circuito provocou uma explosão, por causa do combustível que havia armazenado na casa da vítima para ligar um motor.
A polícia foi avisada e passou a investigar o caso.
Policiais federais fazem, nesta quinta-feira (4), uma operação contra empresa de internet suspeita de se associar a criminosos que controlam a venda de drogas em comunidades de Angra dos Reis, no sul fluminense. A Operação Sem Mega cumpre 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Angra, Nilópolis (na Baixada Fluminense) e do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal, a empresa instalou câmeras para ajudar os criminosos a monitorar a movimentação de policiais nessas comunidades.
Em troca, a empresa teria conseguido o monopólio da exploração dos serviços de internet nessas áreas. Para garantir isso, os criminosos retiravam e danificavam equipamentos das concorrentes.
Os alvos da operação de hoje são investigados pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Angra dos Reis.
O nome da operação é um trocadilho entre o pacote básico oferecido pela empresa investigada (uma internet com 100 megabits por segundo de velocidade) e o fato de que os moradores ficavam sem internet devido à retirada dos equipamentos de outras fornecedoras do serviço.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou que tenha feito qualquer fraude no documento ou que tenha se imunizado contra a covid-19, como consta no sistema do Ministério da Saúde. Na saída de sua casa em Brasília, onde a PF apreendeu seu telefone celular, Bolsonaro afirmou que a operação policial de ontem é para “criar um fato”.
“Fico surpreso com a busca e apreensão na casa do ex-presidente para criar um fato”, disse Bolsonaro. De acordo com Bolsonaro, seu celular levado pelos policiais não tem senha porque ele não tem nada a esconder. “Nunca me foi pedido cartão de vacina, não existe adulteração da minha parte”, defendeu-se o ex-presidente. “Não tomei vacina porque li a bula da Pfizer, só isso e mais nada”, acrescentou.
Ele ressalta que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou vacina. “Que bom se estivéssemos em um país democrático para discutir todos os assuntos. Tem assunto proibido no Brasil e um deles é vacina”, reclamou Bolsonaro. O ex-presidente reafirmou, na tarde da quarta-feira (3), que não cometeu “nenhuma fraude”, após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) que investiga irregularidades em dados de vacinação contra a Covid-19. Segundo o ex-mandatário, o cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa dele, pela manhã, foi uma ação policial com objetivo de “esculachar”.
“Essa questão de hoje (quarta), receber a PF na sua casa, não há dúvida de que é o que eu chamei de operação para te esculachar. Poderiam perguntar sobre vacinação para mim, sobre o cartão, eu responderia, sem problema nenhum. Agora é uma pressão enorme, 24 horas por dia, o dia todo, desde antes de assumir a Presidência, até agora. Não sei quando isso vai acabar”, declarou à Jovem Pan.
PGR se opôs a operação da Federal
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, manifestou-se em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), de maneira contrária à operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É o que consta em decisão.
Segundo o entendimento de Lindôra, os “elementos de informação incorporados aos autos não servem como indícios minimamente consistentes para vincular o ex-Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e a sua esposa, Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro, aos supostos fatos ilícitos descritos na representação da Polícia Federal, quer como coautores quer como partícipes”.
MS: “Não houve invasão externa”
O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (3/5), que não identificou “relato de invasão externa ao sistema” para inserir dados sobre vacinas.
“Todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Não há relato de invasão externa (sem cadastro) ao sistema do Ministério da Saúde, que mantém rotina para a sua segurança e regularmente passa por auditoria”, esclarece nota da pasta.
Repercussão entre políticos é diversa
Após reunião na sede do PL com o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal e líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou, na quarta-feira (3), que o ex-presidente não deve nada a ninguém e destacou que o partido considera um “absurdo” as buscas na casa de Bolsonaro por uma suposta fraude no cartão de vacinas.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), sugeriu que a ação foi uma forma de criar “um fato político” para desgastar a imagem de Bolsonaro e aliados.
Como possíveis motivos para a medida, Altineu citou a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, a participação do ex-presidente no Agrishow e o adiamento da votação do projeto de lei (PL) das Fake News na Câmara, na noite de terça-feira (2/5).
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta quarta-feira (3/5), que a suposta fraude no cartão de vacina do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é “preocupante”. No entanto, Lira pediu “cautela” em relação aos desdobramentos políticos do caso. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), destacou, nesta quarta-feira (3/5), a necessidade de investigação sobre suposta falsificação de certificados de vacinação contra Covid-19.
Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (3/5), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que “conspirar contra a saúde pública é uma corrupção gravíssima”. A declaração foi dada em reposta a uma pergunta do deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) sobre a atuação do governo federal no combate à corrupção.
Dallagnol criticou a condução da investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente da República: “Hoje vejo um estado investigando uma falsificação de carteira de vacinação. Não que não deva ser investigado, tudo deve ser investigado, mas a questão é a proporção e a gravidade dos fatos”, disse.
Bolsonaro reúne filhos e cúpula do PL
A busca e a apreensão na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro movimentaram a cúpula do PL, na quarta-feira (3). Logo após ser alvo da operação da Polícia Federal (PF), o ex-chefe do Executivo federal foi à sede do partido, em Brasília, com seus dois filhos parlamentares, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, para definir estratégias diante da repercussão do caso.
Bolsonaro também se reuniu com o ex-ministro das Comunicações Fábio Wajngarten e o advogado Marcelo Bessa para formular sua defesa no processo. Na sede da Polícia Federal (PF), mais cedo, Wajngarten afirmou que o ex-presidente só prestará depoimento à PF após ter acesso aos autos do processo. Grupo aliado a Jair Bolsonaro deve manter discurso de que operação da PF foi uma “retaliação” de Moraes e do governo Lula ao ex-presidente.
Legal nos EUA
Mesmo sem ter tomado a vacina contra a Covid-19, Jair Bolsonaro entrou de forma legal nos Estados Unidos, em todas as vezes que foi ao país como presidente da República após o início da pandemia. Ele se enquadrava na lista de pessoas que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos permitia entrar no país sem comprovação de vacinação completa contra o novo coronavírus. A mesma lista de exceções do CDC também abarca a filha mais nova do ex-presidente, Laura Bolsonaro, de 12 anos. Segundo as regras do órgão, pessoas menores de 18 anos de idade também não são obrigadas a comprovar que são vacinadas para entrar em território americano.
Fenômeno dos últimos dois anos especialmente, a saída das grandes lojas da Cidade Alta traz impactos, como em um efeito dominó, para quem ainda tenta sobreviver no bairro. Comerciantes ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE afirmam que o fechamento das chamadas lojas-âncora afugentou clientes e obrigou várias outras pequenas empresas a também deixarem a região. Passado o período crítico da pandemia de covid-19, que levou à suspensão das atividades econômicas em todo o Estado, o fluxo de pessoas em alguns pontos comérciais da Cidade Alta chegou a cair 70%, de acordo com relatos obtidos pela reportagem.
É o que afirma Márcio Flávio, que vende artigos e acessórios para celulares em um ponto na Avenida Rio Branco, principal via do bairro e que concentra grande parte dos estabelecimentos. “Essa queda aconteceu de um ano para cá, exatamente quando uma grande loja saiu daqui. O poder público precisa fazer alguma coisa para atrair esses grandes negócios, porque são eles quem trazem muita gente para a Cidade Alta”, relatou Márcio, que trabalha no local há cinco anos.
Hakeilson de Araújo é gerente de uma loja de calçados na Rio Branco. Ele trabalha no mesmo lugar desde 2007 e reclama do baixo movimento e das dificuldades atuais. “Depois da pandemia, o movimento na loja caiu entre 25% e 30%. Quando eu cheguei aqui, nós tínhamos 12 vendedores. Hoje são cinco e em datas especiais, como o Dia das Mães, a gente coloca seis. O poder público tem que olhar pelo Centro da Cidade”, desabafa.
Araújo, a exemplo de Márcio, atribui o mal momento do comércio do bairro à saída das grandes lojas. “A gente vem nadando contra a maré, porque, sem público, não há como vender. E aí, começa uma bola de neve: as vendas caem, o faturamento reduz e o quadro de funcionários diminui. A movimentação na Cidade Alta está horrível, sem nenhum atrativo. As âncoras, que movimentavam muito o bairro, foram embora. Hoje, apenas algumas agências bancárias instaladas por aqui há muito tempo é quem conseguem trazer pessoas para cá”, detalha.
Cristian Santana viu o movimento na loja que administra cair 30% depois da pandemia. O estabelecimento está há mais de 45 anos na rua João Pessoa e vende peças que fazem tributo ao rock. Santana conta que tem tentado compensar as perdas provocadas pelo baixo movimento com as vendas pela internet e defende que sejam tomadas providências para revitalizar o comércio do bairro. “É preciso que haja uma atrativo para as pessoas voltarem à Cidade Alta”, afirma.
Ana Beatriz, gerente de uma loja de calçados e moda que chegou à região há pouco mais de um ano, conta que o movimento tem crescido desde a instalação, na Avenida Rio Branco. Segundo ela, no entanto, o crescimento se deu porque o estabelecimento ainda lidava, à época da abertura, com resquícios da pandemia. Ana admite, contudo, que a fuga de pessoas do bairro é um gargalo.
“O desemprego estava muito alto quando nós abrimos, mas depois as coisas começaram a melhorar e o movimento aumentou. Mas a gente avalia que a falta de circulação de pessoas no Centro é nosso principal problema para atrair clientes hoje”, pontua.
Conforme reportado durante a visita da TRIBUNA DO NORTE ao bairro nesta quarta-feira (3), a saída de empresas da região ocorre de forma constante. “Uma loja de móveis fechou na semana passada. Outra, que funciona na esquina da João Pessoa com a Rio Branca e vendia perfumes e cosméticos, só durou seis meses. E teve uma aqui na Rio Branco, de roupas, que ocupou o prédio de uma grande loja de eletroeletrônicos, mas só durou oito meses”, detalha Márcio Flávio.
“Gestões municipal e estadual precisam se unir”
Para Delcindo Mascena, idealizador da associação Viva o Centro, fatores como a pandemia e fechamento do Beco da Lama para reforma (finalizada em dezembro de 2021) são fatores que também contribuíram para a retirada de pessoas de circulação da Cidade Alta. Além disso, as mudanças tecnológicas dos últimos tempos têm contribuído fortemente para o cenário atual. “São várias razões e as gestões municipal e estadual precisam se unir para resolver o problema”, diz Mascena.
“O crescimento do chamado comércio eletrônico, que conta com a liberação de impostos para as principais plataformas, pesa bastante para a situação”, destaca Mascena, em seguida. Alguns comerciantes ouvidos pela reportagem compartilham do mesmo ponto de vista. “Além da saída das grandes empresas do Centro, tem o comércio digital e os shoppings, que impactaram muito nessa queda de movimentação”, observa Cristian Santana, dono de uma loja de roupas na João Pessoa.
“A abertura de shoppings com lojas populares tirou muita gente da Cidade Alta”, avalia Hakeilson de Araújo, gerente de uma loja de calçados. Segundo ele, vários dos prédios fechados no bairro poderiam servir de repartição para órgãos públicos. “Temos aqui uma fonte de arrecadação de impostos e o poder público não faz nada para mudar essa situação. São muitos prédios fechados que podiam servir de sede para o próprio serviço público. Isso ia trazer gente para circular e consumir aqui”, sugere o gerente.
Delcindo Mascena, da associação Viva o Centro, diz que o uso de espaços como repartição para órgãos da iniciativa pública poderia dar uma nova cara à Cidade Alta e fomentar a geração de emprego e renda na região. “Uma opção seria levar algumas secretarias para os prédios em desuso, porque isso significa movimento para o Centro. A gente ouve falar de secretarias funcionado em lugares que não geram o emprego mesmo com as movimentações ao redor, como é o caso da pasta da Educação Municipal, que está instalada na Ladeira do Sol”, reclama.
Uma segunda media seria incentivar a presença de jovens no bairro. “É preciso induzir a população a ir ao Centro e acostumar a geração jovem a conhecer a Cidade Alta. Esse público mais novo não frequenta a região por falta de atrações”, analisa. “Não se pode esquecer do forte movimento histórico existente no Centro e que os jovens não conhecem. Trazendo esse público, o comércio volta, os pequenos restaurantes começam a vender e recomeça o ciclo de geração de emprego, renda e turismo, já que é uma área histórica com potencial para atrair quem vem de fora”, acrescenta Mascena.
Grupo de ciclistas deve fazer protesto contra construção de trincheira no cruzamento das avenidas Hermes da Fonseca e Alexandrino de Alencar
A Associação dos Ciclistas do Rio Grande do Norte (Acirn) deve reunir um grupo de ciclistas, às 17 horas da tarde desta quinta-feira (04), para protestar contra a construção da trincheira no cruzamento das avenidas Hermes da Fonseca com Alexandrino de Alencar.
Recentemente o BLOGDOBG publicou que o grupo é crítico da obra da Prefeitura do Natal. De acordo com o grupo, a medida “é prejudicial ao uso seguro e facilitado da bicicleta nas vias urbanas e criam ambiente hostil para as pessoas”.
Os ciclistas explicam que a trincheiras construídas no entorno do Arena das Dunas deram “a clara evidência disso”.