O governo Lula não pode condenar Ortega, pois, no fundo o admira

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O que mais me espanta, recentemente, é o susto sincero da comunidade internacional e dos ditos “especialistas” brasileiros ao notarem que o governo Lula não é moralmente capaz de condenar ditaduras à esquerda que nos cercam. Esta semana, por exemplo, Celso Amorim, a mando de Lula, se reuniu com o ditador Nicolás Maduro, na Venezuela, a fim de acertar uma “agenda bilateral de contribuições”. Há duas semanas, Lula e seu governo se recusaram a assinar na ONU uma carta de repúdio contra a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua. Meus amigos, esse é o modus operandi petista há décadas a fio. Lula, apesar dos erros de Fidel, idolatrava-o. Apesar das revelações biográficas bizarras sobre Che Guevara, aplaudia-o com olhos marejados. O surpreendente aqui seria se o governo petista se prontificasse a condenar seus amigos ditadores, de Cuba, Nicarágua e Venezuela, pois adornar e acariciar tiranos sempre foi normal para eles.

O governo petista já se afunda conscientemente num lamaçal de fracassos econômicos, geopolíticos e sociais, dando a clara sensação ao mercado, à população e à comunidade internacional de que sua visão de mundo não passa de um jurássico retrocesso político misturado porcamente a um discurso progressista contemporâneo, a fim de maquiar a face carcomida de sua agenda marxista do século XX. Gabriel Boric, presidente socialista de linha dura do Chile, no dia 18 de fevereiro, denominou publicamente Daniel Ortega de “ditador”. Na ONU, outros governos à esquerda também o fizeram; a estratégia geopolítica aqui é óbvia: Ortega não para de aprofundar sua ditadura, cada dia que passa chegam mais notícias de abusos, torturas e prisões políticas de clérigos e opositores. Assim sendo, o quanto antes a comunidade internacional se desvincular e condenar publicamente o regime socialista nicaraguense, mais munição política tais governos obterão na ONU e em seus próprios países. Mas o PT prefere a lealdade aos erros socialistas do que a condenação de erros socialistas, pois sua fé ideológica é muito mais

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Assim sendo, sob uma mistura de fidelidade soviética e uma linguagem politicamente correta contemporânea, o PT segue seu plano de aprofundamento do fracasso, ainda que sob um véu retórico e midiático poderoso que tenta sustentá-lo.  No plano geopolítico, poucas coisas são mais substanciais do que os apoios e endossos que governos dão a outros governos; a chancela diplomática ao ditador Maduro na Venezuela, a reaproximação com Miguel Díaz-Canel em Cuba e a amizade declarada de Lula ‒ e em consequência, o aporte político do governo petista ao ditador ‒ a Ortega mostram não só as convicções políticas e éticas do novo governo brasileiro, como apontam para o mundo que aqui nós negociamos, aplaudimos e damos tapinhas nas costas de ditadores. A minha esperança é que a base política de Lula derreta cada dia mais. Que fique claro, enfim, que o petismo é aliado de ditadores, que apoia e sustenta posturas antidemocráticas de forma oficial através de sua diplomacia. Para aqueles que tinham medo de um Bolsonaro ditador, fascista, apesar de ele nunca ter dado um passo nessa direção ‒ goste você dele ou não, isso é um fato ‒, fica extremamente constrangedor apoiar um governo que sustenta ditaduras. 

Minha mãe dizia a mim e à minha irmã que não era possível amizades com pessoas que defendem princípios completamente opostos aos nossos. É possível sim um respeito de convivência, mas amizade, confidencialidade e parceria, jamais. Minha mãe estava certa não só no plano familiar, mas também no geopolítico. Quando um governo suporta e apoia uma ditadura, isso mostra a todos que seus valores são os mesmos ou, ao menos, compatíveis, que a prática do peso ditatorial só varia na medida da oportunidade que cada ambiente permite. Na Nicarágua, hoje, Ortega pode ser o líder comunista que Marx, Lênin e Stálin teorizaram como adequado a um comunista; isto é, um líder que esmaga opositores, que rapta liberdades, degola direitos e concentra poderes supremos na mão do Estado. No Brasil, ainda há oposição forte a tudo isso, há ainda aqui um consenso malemá contrário aos abusos do Estado. Até quando isso? Não sei.

Se a ocasião faz o ladrão, isso é um debate psicossocial profundo, todavia, é fato que os endossos políticos de um governo com certeza desnudam os anseios profundos de seus líderes. Acredito que nosso governo não consegue condenar Ortega, pois, no fundo, mais do que o admira, na verdade, queria ‒ se fosse possível ‒ replicar suas ações por aqui. O fetiche de todo líder comunista é poder ser autoritário sob o guarda-chuva de proteção de outros governos; hoje somos o domo de proteção das ditaduras latino-americanas. Mas o que importa é que o amor venceu, não é?

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