‘Será uma resposta da sociedade contra o crime organizado”, diz professor da USP sobre eleições do Equador
No próximo domingo, 20, o Equador vai às urnas para decidir o seu novo presidente.
Em uma disputada marcada pela violência, inclusive com o assassinato de um dos candidatos, o jornalista Fernando Villavicencio.
Sobre este cenário e a importância desta escolha dentro da América do Sul, o professor Alberto Pfeifer.
Coordenador do grupo de análise de estratégia internacional da USP.
Explica que o clima de intensa violência se deve ao crescimento do crime organizado no país.
“A violência se deve a dois fatores, o crescimento da importância e da capacidade de ação do crime organizado, que vê, neste atos.
Uma prova de sua capacidade de interferir na vida social equatoriana.
Em segundo lugar na incapacidade das estruturas de Estado e de governo.
Ligados à Segurança Pública e à Defesa, de enfrentar esse crime organizado”.
O acadêmico ainda afirma que a eleição foi antecipada devido a desistência do atual líder equatoriano.
E para o especialista a sociedade tem que dar uma resposta clara a toda este cenário desafiante que o país atravessa.
“A eleição será uma resposta da sociedade contra o crime organizado”.
Para o professor a cooperação internacional vai ser fundamental e necessário para reverter este clima hostil no Equador.
Para ele, o Brasil pode ser um estratégico aliado nesta empreitada.
O governo brasileiro pode colaborar com inteligência, informação, tecnologia e técnica.
Afirma o professor, que ainda explica que caso Luisa González.
Candidata alinhada ao ex-presidente Rafael Correa, vença a parceria pode ser facilitada.
Dado alinhamento ideológico com o governo Lula.