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Delação de mafioso italiano revela como PCC envia droga para a Itália

A delação de um mafioso italiano é vista por autoridades brasileiras como uma rica fonte de informação sobre as estruturas usadas por Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho para enviar cocaína em grandes quantidades para a Europa.

Vicenzo Pasquino, apontado como articulador da máfia ‘Ndrangheta no Brasil, firmou um acordo com a Justiça italiana em que se comprometeu a revelar identidades e codinomes de criminosos brasileiros e a dar detalhes sobre como a máfia atuava em parceria com as redes de tráfico locais.

A decisão de Pasquino em colaborar com as autoridades deu origem a um grupo formado por procuradores italianos e brasileiros para investigar as relações entre PCC e CV com a ‘Ndrangheta. O trabalho conjunto foi uma proposta do procurador nacional antimáfia italiano, Giovanni Melillo.

Em outubro, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi até Roma para se reunir com Melillo e definir o funcionamento da força-tarefa internacional. O promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP), principal responsável pelas investigações sobre PCC no Brasil, também esteve presente.

Promotores do Gaeco, ouvidos pelo Metrópoles, afirmam que a expectativa é que a delação de Pasquino traga detalhes importantes sobre o setor do PCC responsável pela exportação de cocaína e pelas relações com organizações criminosas estrangeiras, a chamada Sintonia do Tomate.

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Metrópoles

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