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Assédio de Silvio Almeida começou em 2022, na transição de governo, diz Anielle em depoimento à PF

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, afirmou, nesta quarta-feira (2), em depoimento à Polícia Federal (PF), que sofreu importunação sexual do ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida ainda durante a transição de governo, no fim de 2022.

De acordo com informações obtidas pela jornalista Monica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo, Anielle relatou aos policiais que “abordagens inadequadas”, de Almeida teriam se iniciado quando os dois integravam o grupo de transição do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda antes da posse.

Segundo Anielle, o comportamento impróprio do então ministro dos Direitos Humanos foi avançando até chegar à importunação física.

Anielle afirmou, ainda, que Almeida chegou a tocar em sua perna, por debaixo da mesa, durante reuniões públicas das quais ambos participavam. O agora ex-ministro teria insistido na importunação sexual por vários meses.

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Anielle é irmã de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, que foi assassinada em março de 2018. A ministra da Igualdade Racial é formada em jornalismo e literatura e tem mestrado em relações étnico-raciais pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ).

Anielle se casou, no fim de julho, com o criador de conteúdo Carlos Frederico da Silva, no Rio de Janeiro.

Almeida foi demitido do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 6 de setembro, em meio a uma série de acusações contra o então ministro. Anielle é uma das mulheres que acusam o ex-colega de assédio.

No dia 17 de setembro, o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal (PF) para investigar as acusações contra Silvio Almeida.

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