Chácara cercada pela cidade encanta visitantes em Londrina

LBV CAMAPNHA

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Há 13 anos, na chácara de 1.400 metros quadrados na zona sul de Londrina, só havia a casa de madeira da família, o jardim e o pomar.

Tanto pelo zelo, tanto pelo carinho do local, que o Caminhos do Campo mostrou a história para todo o Paraná.

João Pereira, dono da chácara, conta que quando a reportagem foi ao ar, o telefone não parou de tocar. Eram pessoas de diversos lugares querendo se hospedar na casa.

E ele pensou: que tal ganhar a vida permitindo que outras pessoas também desfrutassem deste paraíso? Foi quando ele construiu o primeiro chalé, depois veio o segundo, o terceiro.

Hoje são oito. No local, é possível até esquecer que a cidade está logo em volta. Isso porque o imóvel está na área rural, mas a cidade já chegou até ele.

“Nós estamos a dez minutos do maior shopping de Londrina, a quatro minutos do centro. Muito próximos, então estamos dentro da cidade, né?”, diz.

Ainda que o mundo urbano seja vizinho de muro, o espaço, cercado de verde, encena muito bem a vida no campo.

“Quem está aqui dentro tem a sensação de estar muito afastado da cidade. Tem esse aspecto de sítio, de roça, de plantação. Tem muita fruta, tem essa sensação de que eu estou isolado do mundo”, enumera.

Caminhos do Campo mostrou local há 13 anos — Foto: Reprodução/RPC

Caminhos do Campo mostrou local há 13 anos — Foto: Reprodução/RPC

Os chalés seguem a decoração da casa da família: são rústicos, simples, muito aconchegantes. Têm quarto, banheiro e uma minicozinha. No local, não são servidas refeições, é o hóspede que se vira. Também não tem piscina, nem parquinho infantil – proposta que atrai muitos hóspedes que passam pela região à trabalho.

O gerente de autopeças André Rezende Corsi é de Curitiba e está hospedado na chácara. Quando procurava um local para ficar em Londrina encontrou os chalés do João em uma plataforma virtual – única possibilidade de locação.

Chegou para ficar poucos dias e agora não consegue planejar a saída.

“O que você quer as vezes é se sentar no banquinho na frente da casa, ficar olhando a cachoeirinha com os peixinhos, o laguinho. Eu acho que isso aqui é um lugar para você se conectar, relaxar e se desligar um pouco do resto”, comenta.

E acrescenta: “Você acaba tendo a tranquilidade, a calmaria, o silêncio da noite”.

Se bem que 100% de silêncio o proprietário não garante: “Tem uns passarinhos aqui que não respeitam. Às seis horas da manhã eles estão cantando. Tem umas ararinhas que passam aqui e eu não sei por que elas gritam tanto. Minha filha que fala: ‘vocês têm que gritar todas juntas?”, brinca.

João, que em Londrina já foi corretor de imóveis e barbeiro, diz que acertou a mão no negócio e conquistou a vida que sempre quis.

“Para gente foi uma maravilha, nunca tive dificuldade de adaptação. Quando cheguei, parece que estava no DNA. Não se de onde veio essa vontade. Para mim foi a realização de um sonho”, diz ele.

Apenas ele e a esposa cuidam dos chalés: da manutenção à arrumação e limpeza. Um trabalho que Nilene Alves Cruz, anfitriã, faz com prazer.

“Eu morei durante a minha infância em uma cidade em Fortaleza. Mas, durante as minhas férias, eu ia sempre para o sítio dos meus tios. E lá é isso: fogão à lenha, açude, móveis rústicos. E eu me sentia muito feliz. Então eu me sinto como se eu ainda estivesse lá”, relembra.

São coisas da roça aconchegando a cidade e marcando pessoas.

“Você conseguir, mesmo longe, sentir-se em casa, conectado com suas raízes, isso que é legal”, comenta André.

“É a realização de tudo o que eu sonhei e mais um pouco, mesmo sendo tão simples”, finaliza João.

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