Alagamento em cemitério do Paraná chega ao sexto dia com mais de 300 túmulos submersos

A comparação de imagens gravadas nesta segunda (6) e no dia 2 de novembro, feriado de Finados, mostra que o nível da água subiu e mais túmulos ficaram submersos. Veja vídeo acima.

De acordo com moradores da região, a água começou a tomar conta do cemitério no dia 1º de novembro. Desde então, só é possível chegar ao local de barco.

A última medição oficial do Rio Tibagi no distrito de Uvaia foi feita às 9h de do dia 3 de novembro e indicou que o nível do rio estava em 11,7 metros, de acordo com o Monitoramento Hidrológico da Copel.

A empresa afirma que não há dados mais atualizados porque a estação de medição sofreu danos durante a cheia e está em manutenção.

O autônomo Márcio Stremel mora no distrito de Uvaia e afirma que a água está cerca de 1,5 metro acima do solo no cemitério.

O morador também afirma que está é a pior cheia do rio que ele já viu. A casa de Márcio também foi afetada pelo alagamento, que alcançou o telhado da residência.

Levantamento do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) aponta que no mês de outubro choveu o acumulado a 314 mm em Ponta Grossa. A média histórica da cidade é de 172 mm no mês.

Desde o dia 29 de outubro, dois dias antes da cheia atingir o cemitério de Uvaia, até a sexta-feira (3) choveu o acumulado a 74,4 mm na cidade. No sábado (4) e domingo (5) não houve registros de chuva no município.

Pelo menos 110.866 pessoas foram diretamente afetadas pelas chuvas no Paraná desde 26 de outubro. É o que indica o balanço mais recente da Defesa Civil, divulgado nesta segunda-feira (6).

Conforme o balanço, 1.079 pessoas estão desabrigadas e 5.050 estão desalojadas nos 138 municípios atingidos.

No período, 13.134 casas foram danificadas e 80 foram totalmente destruídas, também de acordo com a Defesa Civil.