O Ministério da Defesa preparou uma minuta que previa a adoção de uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) no dia 8 de janeiro.
Quando milhares de pessoas invadiram as sedes dos três Poderes com pedidos de intervenção militar.
A medida é um dispositivo constitucional em que o presidente da República autoriza uma operação das Forças Armadas.
Com a possibilidade uso da força em uma determinada região.
O documento, ao qual o GLOBO teve acesso, conferia poderes para as tropas atuarem na Esplanada dos Ministérios tomada pelos golpistas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contudo, não chegou a assiná-la.
Por meio de nota, o Ministério da Defesa diz que a minuta foi escrita no contexto das possibilidades de acionamento da Forças e amparada pela Lei Complementar 97/99 — que trata das normas para o emprego de militares.
“Conforme a Constituição Federal.
Uma GLO só pode ser realizada exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República”, diz a pasta.
Na ocasião, o ministério era comandado há uma semana pelo ministro José Múcio Monteiro.
Nome escolhido por Lula para fazer a ponte do novo governo de esquerda com os militares diante de um cenário de alinhamento da cúpula das Forças Armadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
