A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou uma revisão na previsão do crescimento da economia mundial para 2023, aumentando a expectativa para 3% do PIB.
A mudança foi anunciada nesta terça-feira, 19, e representa um aumento de três décimos em relação à previsão anterior, ao mesmo tempo que expressa maior prudência para 2024.
“O impacto de uma política monetária mais restritiva é cada vez mais visível”, diz o órgão sediado em Paris.
Em 2024, o crescimento mundial será de 2,7%, com queda de 0,2 ponto na comparação com a última previsão.
Ainda sentindo o efeito da inflação das taxas de juros elevadas.
Em 2023, o crescimento será maior graças aos Estados Unidos, cuja economia pode registrar avanço de 2,2% (aumento de 0,6 pontos na comparação com a previsão de julho, e aos países emergentes.
De acordo com a OCDE, o PIB do Brasil crescerá 3,2% (+1,5 pontos), enquanto a Índia deve registrar alta de 6,3% (+0,3 pontos).
A Rússia, por sua vez, terá crescimento de 0,8% (+2,3 pontos) e a África do Sul de 0,6% (+0,3 ponto). Entre os países dos Brics.
A China foi o único que teve perspectiva de crescimento revisada para baixo, indo para 5,1% (-0,3 ponto).
Na zona do Euro, a OCDE prevê crescimento de 0,6%, com queda de 0,3 pontos na comparação com a projeção de junho.
O cenário foi afetado pela Alemanha, que poderá entrar em recessão.
No bloco, a Espanha deverá ter o maior crescimento, com 2,3% de alta (+0,2 pontos).
Na América Latina, o México deve registar crescimento de 3,3%, enquanto a Argentina, que atravessa uma grande crise econômica, viverá uma retração de 2%.