Munições encontradas em corpo de adolescente morto junto do pai no Eusébio saíram de arma de PM

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A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) concluiu que as munições encontradas no corpo de um adolescente de 13 anos, assassinado junto do pai em um carro, no Eusébio.

Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), saíram de uma arma de fogo apreendida com o soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça.

O militar foi preso horas depois do crime, no dia 18 de agosto deste ano.

O corpo do adolescente tinha 14 perfurações causadas por entradas e saídas de projéteis e o do pai, Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, apenas duas perfurações.
“Essa constatação nos leva a crer que o adolescente era o alvo dos criminosos.
Que o atacaram sem permitir qualquer chance de defesa e por motivo ainda desconhecido”, apontou o relatório da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), ligada à Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD).

O relatório, enviado à Justiça Estadual, terminou com o indiciamento de Paulo Roberto pelo duplo homicídio, por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, no último dia 29 de agosto.

Entre as provas citadas pela DAI da participação do militar no crime está o Exame de Comparação Balística, elaborado pela Pefoce, que constatou que um projétil retirado do corpo do adolescente e outros três projéteis, recolhidos da cena de crime.

Coincidem com uma pistola calibre Ponto 40 que o suspeito tentou se desvencilhar durante a perseguição policial.

Outro elemento utilizado como prova na investigação policial foi a apreensão de roupas, que estavam na posse do policial militar
Legenda: Outro elemento utilizado como prova na investigação policial foi a apreensão de roupas, que estavam na posse do policial militar
Foto: Reprodução/ Inquérito

Estojos de munições recolhidos próximo aos corpos também apresentaram convergência com a arma de fogo.

Entretanto, a Pefoce afirmou que não recebeu projéteis encontrados no corpo de Francisco Adriano.

Outro elemento utilizado como prova na investigação policial foi a apreensão de roupas, que estavam na posse do policial militar e que se assemelham com as blusas utilizadas pelos criminosos – que se locomoviam em uma motocicleta para cometer as execuções.

A comparação foi feita pela DAI através de imagens obtidas por câmeras de segurança que ficavam perto ado local do crime.

A motivação do duplo homicídio segue desconhecida pela Polícia Civil.

Familiares das vítimas afirmaram aos investigadores que pai e filho nunca relataram ameaças nem tinham inimizades.

Interrogado pela Delegacia de Assuntos Internos, Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça preferiu se manter em silêncio sobre a suspeita contra ele.

Já a sua defesa, representada pelo advogado Kaio Castro, ao ser procurada pela reportagem, informou que ainda não foi intimada de qualquer ato do Inquérito Policial. “Aguardamos a conclusão das investigações que são sigilosas e nos manifestaremos em momento oportuno”, concluiu o advogado.

COMO ACONTECEU O DUPLO HOMICÍDIO

Francisco Adriano da Silva, de 42 anos, e o filho, de 13 anos, foram assassinados a tiros, dentro de um veículo, na Avenida Cícero Sá.

Oróximo ao cruzamento com a Avenida Brasília, no Eusébio, por volta de 6h45 do dia 18 de agosto deste ano.

O pai levava o filho para a escola, como fazia todos os dias.
O adolescente foi morto com a farda escolar.
Dois criminosos passaram em uma motocicleta pelo veículo das vítimas e efetuaram vários disparos. Pai e filho morreram no local.

O soldado Paulo Roberto Rodrigues de Mendonça foi preso em flagrante, poucas horas depois do crime.

O militar virou suspeito ao ter uma motocicleta no seu nome identificada como o veículo utilizado pelos criminosos no duplo homicídio.

Após alguns minutos de perseguição, o suspeito foi interceptado na Avenida B, no bairro José Walter, em Fortaleza
Legenda: Após alguns minutos de perseguição, o suspeito foi interceptado na Avenida B, no bairro José Walter, em Fortaleza
Foto: Reprodução/ WhatsApp Diário do Nordeste

Policiais civis e militares se deslocaram para o condomínio onde o PM mora, no bairro José Walter, em Fortaleza.

Quando o suspeito saiu do imóvel em um carro, os agentes tentaram abordá-lo, mas ele fugiu.

Iniciou-se uma perseguição, que terminou com a prisão do militar.

Com o suspeito, foram apreendidos uma pistola calibre 9mm (arma institucional da PMCE), R$ 4 mil em espécie e duas blusas pretas.

Durante a perseguição, ele tentou se desfazer de um embrulho, que também foi apreendido. O pacote continha mais duas armas de fogo (uma pistola Ponto 40 e uma pistola calibre 380) e munições.

A prisão em flagrante de Paulo Roberto foi convertida em prisão preventiva, por decisão da Justiça Estadual, em audiência de custódia realizada no dia 19 de agosto último.

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