O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o desenho da reforma ministerial, na tentativa de obter maioria de votos no Congresso, e selou acordo com o Centrão.
Lula decidiu entregar o Ministério do Esporte para o deputado André Fufuca (PP-MA).
Aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
E o de Portos e Aeroportos para Silvio Costa Filho (PE).
Vice-presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Nesta segunda-feira, 4, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou que a reforma era “questão de horas”.
A entrada do Centrão no governo vai desalojar a atual ministra do Esporte.
Ana Moser, que era da cota pessoal de Lula e não estava filiada a nenhum partido.
Como mostrou a Coluna do Estadão, esse ministério será turbinado com o dinheiro da taxação das apostas esportivas.
A Medida Provisória que prevê essa cobrança ainda precisa passar pelo crivo do Congresso e deve ser aprovada nos próximos dias.
A equação política só não está totalmente fechada porque Lula ainda vai conversar com Márcio França, que ocupa Portos e Aeroportos e não quer deixar a pasta.
França é do PSB e aliado do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Ele tanto pode ir para o Ministério da Ciência e Tecnologia, atualmente ocupado por Luciana Santos (PCdoB).
Como para o de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo próprio Alckmin.
Na semana passada, Lula disse em transmissão ao vivo pelas redes sociais que criaria o 38º ministério, da Pequena e Média Empresa.
Fez a proposta com o intuito de acomodar um político do Centrão e não precisar desalojar Ana Moser, jogadora que trouxe a primeira medalha olímpica do vôlei feminino ao Brasil, em 1996.