PR: 8,1 mil pessoas deixaram de trabalhar no setor de comércio, em 10 anos

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Comércio na SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), centro da cidade. Comércio não essencial está autorizado a reabrir a partir de hoje (9) na cidade do Rio de Janeiro depois de duas semanas fechados devido à pandemia de Covid-19.

O Paraná registrou uma redução de 8,1 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio (PAC), divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021, o setor ocupou um total de 751.428 pessoas, no PR. Em 2012, eram 759.540 pessoas.

A pesquisa avalia os três principais segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista.  Segundo o IBGE, houve decréscimo de 10,1% no número de unidades locais com receita de revenda das empresas comerciais no PR. O total de unidades locais passou de 142,5 mil em 2012, para 128,1 mil em 2021.

Também houve perda de 14 mil unidades no comércio varejista e de 130,4 mil unidades no comércio de veículos, peças e motocicletas. Por outro lado, o comércio atacadista apresentou aumento de 3,9 mil unidades.

De acordo com o estudo, em 2021, o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades aumentou de 1,7 salários mínimos para 1,9. Em comparação a 2012, houve aumento no salário médio recebido no comércio por atacado e de veículos, peças e motocicletas, com alta de 2,5 e 2,2, respectivamente, para 2,6 e 2,3 salários mínimos em 2021. O salário médio no comércio varejista subiu de 1,4 salários mínimos para 1,7.

Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.

“Teve um aumento pequeno, mas teve. Depois, o Centro-Oeste, com aumento praticamente igual ao do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem Norte e Nordeste com os menores aumentos em termos de salário. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões Sul e Sudeste são as que mais empregam e também são as que dão melhores salários”, diz.

Apesar das reduções, a receita bruta do PR em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 478,4 bilhões. Do total, R$ 168,6 bilhões (35,2%) foram gerados no comércio varejista; R$ 265,3 bilhões (55,4%) no comércio por atacado; e R$ 44,5 bilhões (9,3%) no comércio de veículos, peças e motocicletas.

O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhora que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.

“Até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos de o consumidor preferir comprar do conforto da sua casa, online, em vez de ir ao comércio fisicamente”, explica.

Pesquisa Anual de Comércio (PAC)

O IBGE realiza a Pesquisa Anual de Comércio desde 1996. Segundo o instituto, as informações retratadas na PAC são indispensáveis para a análise e o planejamento econômico das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo.
 

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