Defesa de Bolsonaro diz que R$ 17 milhões recebidos via Pix têm ‘origem lícita’ e chama de ‘criminosa’ divulgação de dados do Coaf

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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou uma nota nesta sexta-feira dizendo que os R$ 17 milhões recebidos por ele via Pix têm “origem absolutamente lícita”. O valor consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao qual O GLOBO teve acesso. As operações foram realizadas entre 1 de janeiro e 4 de julho deste ano.

O documento do Coaf, órgão de combate à lavagem de dinheiro, diz que os valores são “atípicos” e se referem “provavelmente” à campanha de arrecadação feita por Bolsonaro para pagar as multas que ele recebeu durante o seu governo, como a de circular na rua sem máscaras durante a pandemia de Covid-19.

“Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita”, diz o texto que é assinado pelos advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fábio Wajngarten.

Os advogados também classificaram a divulgação de dados do Coaf como “inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário”.

“Por derradeiro, a defesa informa, ainda, que nos próximos dias tomará as providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações”, diz a nota.

No início do ano, a chave Pix de Bolsonaro foi divulgada nas redes sociais de ex-ministros do seu governo e parlamentares do PL para impulsionar a campanha de arrecadação. A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 87.000 nas contas do ex-mandatário pelo não pagamento de multas aplicadas durante pandemia. As autuações se referem a três visitas que ele fez ao Estado em 2021.

O órgão de inteligência financeira rastreou, ao todo, 769.717 operações de Pix efetuadas em seis meses. Entre os principais doadores, figuram na lista uma empresária do agronegócio, com R$ 20 mil; um dono de uma empresa de materiais de construção, com R$ 10 mil; um escritor, com R$ 10 mil; um advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, com R$ 5 mil; entre outros.

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