O pacote de ajuda do governo Lula às montadoras de automóveis pode custar R$ 8 bilhões. Os cálculos são de Paulo Cardamone, CEO da Bright Consulting — consultoria especializada no segmento.
De acordo com os cálculos do CEO, o corte de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o PIS/Cofins dos automóveis de valor até R$ 120 mil pode resultar na perda de R$ 4 bilhões, considerando apenas o movimento de junho a dezembro. A medida pode trazer o aumento de 4% a 10% nas vendas, ao mesmo tempo em que a produção do setor está em queda.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, por exemplo, estima a queda de 19% da produção de abril, em comparação a março. No mês passado, foram fabricadas quase 180 mil unidades. O número para o acumulado do ano fechou em 715 mil.
Com o corte tributário, por volta de 200 mil veículos poderiam ser adicionados às expectativas para as vendas deste ano. Caso se confirme, a marca elevaria a comercialização de veículos novos para 2,3 milhões de unidades.
Contudo, a ajuda do governo não acabaria com a ociosidade das montadoras. De acordo com o jornal o Valor Econômico, o país tem a capacidade de produzir 4,3 milhões de veículos automóveis por ano.
