Energia eólica no mar: um investimento arriscado e inoportuno

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Assinado na esteira da conferência climática da Organização das Nações Unidas de 2015, o Acordo de Paris outorgou aos burocratas e políticos incompetentes internacionais o “direito” de promover o suicídio planetário. Eles decidiram que iremos restringir o CO2 – o gás da vida – por todo o mundo. Nestes moldes, tudo relacionado a esse tipo de emissão será restringido, banido ou lucrativamente sobretaxado. Neste último caso, só teremos duas opções: parar de consumir um determinado produto ou pagar mais caro por isto. Desse modo, o petróleo virou alvo de um problema inexistente e as “energias renováveis”, sua suposta solução.

Os programas para a troca de matriz energética, apoiados nas ideologias ambientalistas que se baseiam na fraca ciência climática, não têm limites de atuação. Com a desculpa de “descarbonizar” a atmosfera, vários princípios fundamentais foram quebrados. Entre eles, a regra de transformar o máximo de energia, no menor espaço físico, em menos tempo e com o melhor custo. Nestes termos, o próprio histórico das fontes alternativas depõe contra elas mesmas.

Menos por mais

O potencial de geração é baixo e há muita imprevisibilidade sobre o comportamento das fontes, provocando baixa confiabilidade no próprio sistema. Por isto que elas são classificadas como alternativas ou complementares. Jamais poderiam ser o mote de um sistema elétrico, em especial, os de larga escala.

Dentro deste escopo, estão as energias eólicas, cuja implantação é muito mais motivada por fatores ideológicos que práticos. Seus resultados acumulados nos últimos 20 anos somam pontos significativos em prejuízos, tanto financeiros, quanto ambientais. Uma breve pesquisa na internet mostra diversas matérias expondo vários pontos negativos. Eles vão do número elevado de acidentes fatais, a mortandade altíssima de pássaros e morcegos, os problemas de saúde dos moradores da vizinhança aos parques, os prejuízos e falências de empresas, bem como a alteração e destruição de paisagens, inoperância, alta manutenção a problemas estruturais.

No relatório de 2023 da Global Warming Policy Foundation, o Professor emérito Wade Allison, matemático e físico da Universidade de Oxford mostrou que os governos vêm implementando suas políticas de parques eólicos, negligenciando as evidências numéricas ao praticarem a quebra dos princípios basilares da transformação de energia descritos anteriormente. O professor Allison calculou variáveis como a velocidade do fluxo do ar e sua massa, calculando os padrões das turbinas para fornecer o processo de transformação da energia eólica em elétrica. Para acionar um chuveiro elétrico comum em uma casa, seriam necessários ventos de 36 quilômetros por hora em uma área de 9 metros quadrados.

As análises do acadêmico mostram que para fazer frente a produção da futura usina nuclear em construção em Hinkley Point C, Inglaterra, seriam necessários 5,4 milhões de metros quadrados de captação de ventos em eficiência completa. Na prática, o desempenho costuma ser bem abaixo do máximo, com valores de 20% a 30%. Ou seja: o espaço necessário com as condições reais seria bem maior.

A necessidade da abertura cada vez maior de áreas para parques eólicos causa o aumento significativo da mortandade de pássaros. Curiosamente, os ambientalistas fazem pouco alarde para o caso atualmente. Existem algumas questões judiciais aqui e ali, como nos EUA e na França, mas ainda são poucas. Ao que parece, conhecendo as estratégias dos alarmistas ambientais, talvez estejam esperando que uma significativa parcela da geração de energia elétrica esteja sob influência desta matriz para que desfiram seus ataques eloquentemente, assim como fazem com a energia nuclear.

Uma maré de problemas

Mas se a geração eólica continental traz consigo uma quantidade significativa de problemas estruturais, o que dizer dos parques eólicos offshore, que estão instalados sobre o mar? Nestes casos, os problemas se multiplicam. A lista inclui fatores prejudiciais como a corrosão marinha pelo sal, a enorme dificuldade de manutenção, as restrições ao trabalho em alguns períodos por insegurança para o acesso e as condições meteorológicas adversas. Além disso, existe o problema da transmissão da energia gerada, levada por cabos submarinos. A racionalidade deveria imperar sobre a imbecilidade ideológica climática-ambiental, que despreza até mesmo os custos exorbitantes. Contudo, não vemos isto acontecer. Até o Brasil, um país pobre que ainda necessita evoluir muito a sua malha de geração elétrica, partiu para uma aventura em mar aberto que tem o mesmo histórico de desastre da geração eólica terrestre.

Os engenheiros que atuam nas bordas do Mar do Norte, na Europa, dizem quão trabalhosa é a manutenção dessas estruturas. A variável atmosférica mais crucial, por mais irônico que soe, é a velocidade dos ventos. Em superfície, é justamente ela que causa os movimentos do espelho d’água, definindo o tamanho das ondas e classificando o estado do mar.

Assim, se os ventos comuns já são um problema, imagine a situação da interação entre ar e mar. Neste caso, oceanos e atmosfera têm mais liberdade de movimento, pois não são influenciados pelas condições de terrenos. Como as torres eólicas são relativamente altas, elas também são influenciadas por outras camadas de vento. Essa situação inclui estruturas com mais de 100 m. Nessas condições, um eventual fenômeno de cisalhamento, que são ventos em sentidos diferentes em alturas distintas, trará mais desequilíbrio às torres e a torção das pás será maior. Esse movimento causa danos consideráveis às estruturas.

Teoricamente, os projetos de instalação de parques eólicos na costa Leste dos EUA têm um fator contrário extra. Além de expostos a estas condições da ação dos ventos comuns, um ciclone tropical presente sobre a região causaria situações mais severas. No Sul do Brasil, torres eólicas caem simplesmente porque venta demais em condições de trovoadas intensas. Assim, torna-se surreal somente imaginar a ideia de que alguém queira instalar enormes parques eólicos onde há grande probabilidade da ocorrência de furacões. Este é exatamente o caso do projeto da Dominion, por exemplo. Ela pretende utilizar o leito oceânico da região costeira do Estado da Virgínia, EUA.

As equações expostas pelo professor Alisson mostram que a diminuição da velocidade do vento pela metade reduz em oito vezes a geração de energia – e pode até mesmo ser tão pequena ao ponto de interromper o giro da turbina. Para o caso offshore, exposto às condições de furacões, a situação será contrária.

Com a velocidade do vento dobrando, a potência fornecida aumenta oito vezes. Nestas condições, porém, a turbina precisa ser desligada para a sua própria proteção elétrica e mecânica.

No Congresso dos EUA

Enquanto isso, no mundo da realidade, o deputado Jeff Van Drew (Republicano) apresentou uma resolução no Congresso em 21 de março de 2023 para interromper os trabalhos de implantação de parques eólicos offshore na Costa Leste dos EUA. A proposta pede a suspensão até que sejam realizadas investigações sobre o possível efeito dos projetos na fauna oceânica. Ela inclui a necessidade de um estudo completo sobre os mamíferos marinhos, desde a súbita elevação de morte de cetáceos (como as baleias) registrada em áreas do Atlântico. Junto a este, há cinco ações judiciais realizadas por moradores e grupos de pescadores contra os projetos eólicos. Até mesmo a indústria pesqueira no Pacífico já se movimenta para cancelar os leilões na costa do estado do Oregon, EUA.

Certamente, esse não é um balde, mas uma banheira de água fria e salgada na agenda climática do governo do presidente Biden. Ele esperava gerar muita de energia em parques eólicos offshore até 2030. Parece que a trégua ambientalista está ruindo, ou será que há outros propósitos? De qualquer forma, se lá a situação é difícil e cara, imaginemos para nós aqui do Brasil, onde além do custo exorbitante, temos os ecossistemas marinhos ainda mais exuberantes. Você faria seu investimento neste cavalo, sabendo de tudo isto? Belo Monte que o diga.

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