Governo do Estado não tem previsão para reformar RN-118 em Macau

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A RN-118, estrada do município de Macau e importante rodovia devido ao escoamento da produção de sal do Estado, segue sem previsão de início das obras de tapa-buraco e restauração por conta de um problema na licitação, segundo Departamento de Estradas e Rodagens (DER-RN). De acordo com a pasta, houve um erro na ata de preços apresentada pela empresa vencedora e por isso a questão foi levada à Procuradoria Geral do Estado (PGE) – que sugeriu continuar com a licitação – mas espera-se que a segunda colocada no processo recorra da decisão, o que deve estender o processo.

De acordo com o DER, a rodovia está entre as prioridades no serviço de restauração das estradas, no entanto, não seria possível definir uma data para o início da obra “por conta desse problema que houve na contratação da empresa que vai realizar o serviço”, explica a assessoria. A garantia é que a rodovia seja contemplada, mesmo que sem prazo. “Assim que resolver a burocracia, ela vai ser encaminhada, mas infelizmente a gente não consegue dar uma data”, completa.
Na manhã desta quarta-feira (19), o prefeito de Macau, José Antônio, esteve em reunião com o governador em exercício, Walter Alves (MDB), e membros do DER para discutir a situação da RN-118. De acordo com ele, a demora na licitação foi apresentada, mas nada foi resolvido quanto ao assunto. “Uma licitação não se faz da noite para o dia, e nós pedimos que houvesse uma urgência, um apoio pelo menos para amenizar aí porque ninguém está conseguindo andar”, diz.
Para o secretário de Infraestrutura de Macau, Winston Paiva, a situação é de abandono. “Essa rodovia está abandonada, nesse trecho. Ela começa na praia de Macau e segue para Pendencias, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, até a BR 304, depois vai para São Rafael, Caicó”, comenta. Como chega na BR-304, a rodovia tem importância no escoamento da produção de sal  que sai de Macau e segue para as  refinarias de Mossoró.
De acordo com ele, a prefeitura do município tentou contato com a governadora Fátima Bezerra (PT) no ano passado para tentar acordos na recuperação das vias que passam pela cidade – RN 118, RN 221 e RN 304 – mas não obteve resposta.
“A gente já tentou, mas sem nenhum retorno. A gente tentou contato direto com a governadora antes da eleição, estivemos na reunião que ela marcou para fazer a divulgação de um plano de investimento de R$ 130 milhões. Ela começou o tapa-buraco aqui na RN – 221, mas só começou. Fez um trecho, anunciou nessa reunião na governadoria que a via seria recuperada, mas parou e não fez mais nada desde então”, relata.
Para quem precisa transitar nas rodovias mais destruídas, a restauração é um passo que já deveria ter sido dado há tempos pelo Governo do Estado. A recepcionista, Lilliany Pimentel, 25, costuma passar com frequência pela RN-118. Para ela, o perigo é maior pois o meio de transporte que utiliza é a moto, bem como grande parte das pessoas que moram no interior do RN. “É muito pior porque você fica muito vulnerável”, diz.
Ela costuma seguir o trajeto de  Macau até Jucurutu, passando por cidades como Pendências e Alto dos Rodrigues e diz que a situação é “péssima”. “A RN é péssima. Cheia de buracos, muito desnivelada. É horrível”, completa.  Comenta que já perdeu conhecidos devido a acidentes. “Já teve vários acidentes lá. Conhecia pessoas que morreram por ali”, afirma.
A RN-118 liga o Estado de norte a sul, começando em Macau e indo até Ipueira, no limite com a Paraíba. Em sua extensão, compreende o Seridó, Vale do Açu e o Oeste à BR-226, em Jucurutu, por onde passam carregamentos de petróleo, cerâmica, ferro, fruticultura, sal e confecções. A via cruza ainda os municípios de Pendências, Alto do Rodrigues – com atuação da Petrobrás – Ipanguaçu, São Rafael, Jucurutu, Caicó e São João do Sabugi totalizando 223 km.

Turismo e comércio são prejudicados

Além do transporte do sal produzido no município, o abandono da rodovia afeta também o comércio e turismo local, de acordo com o prefeito, José Antônio. Restaurantes, bares, comerciantes autônomos e donos de barracas são os mais prejudicados, pois turistas deixam de visitar a Praia de Camapum devido à dificuldade no acesso. “Afeta o comércio local, afeta o turismo. Os barraqueiros, pessoal que tem restaurante, são sempre prejudicados. O povo até mesmo para ir à praia no final de semana, ter seu lazer, é prejudicado pelo estado da estrada”, pontua.

Os dois pilares econômicos do município são o turismo e a produção de sal. Ambos são diretamente influenciados pelo estrago na rodovia. “A 118 é por onde sai o transporte do sal, da Salinor, que é a maior empresa salineira de Macau. Tem que sair por ela, mas a estrada está intransitável e também a parte turística de Macau, para quem vai à praia de Camapum. A dificuldade é grande”, complementa.

Ainda de acordo com ele, a situação é triste, e pede que o Estado tenha mais atenção com o município. “É triste, realmente a situação não é boa, nós compreendemos isso. O pessoal se chateia, mas é a realidade. Esperar que o Governo do Estado abra os olhos para Macau e ajeite essa estrada que é de competência do governo”, finaliza.

Os contratos relativos à operação tapa-buracos, primeira fase das obras, foram assinados pela SIN e o Departamento de Estradas e Rodagens (DER/RN) no último dia 5. O serviço começou no início deste mês e as cidades atendidas compreendem os dois primeiros trechos anunciados no planejamento da obra. Segundo o secretario de infraestrutura do Estado, Gustavo Coelho, ainda não se sabe quando os demais trechos serão iniciados.

Esta etapa deve acontecer em paralelo com o início da fase de recuperação, ao longo deste ano. A operação foi inciada em trechos que compreendem os municípios de Lagoa Nova, Currais Novos, São Miguel, Encanto, Pau dos Ferros e Mossoró, Caicó, São João do Sabuji, Brejinho e Santo Antônio. A etapa de restauração das deve começar em julho deste ano, de acordo com a SIN. A publicação da licitação será feita em maio e contempla a restauração de trechos críticos, bem como ações mais profundas para recuperação das vias, esta etapa deve durar até 2024. O investimento inicial é de R$ 63 milhões.

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