Vinhos em latinha trazem uma proposta de simplificação para o consumo da bebida

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A primeira cerveja em lata apareceu no Brasil nos idos de 1971, ano seguinte ao tricampeonato mundial de futebol. O consumidor, àquela época, se pôs reticente em consumir cervejas em latas, como hoje tem ocorrido com o vinho em lata, a meu ver uma injustiça, vez que os produtores de vinho, pelo mundo afora, têm sido muito criteriosos para escolher o vinho que será “enlatado” e qual a proposta para o consumidor. Consta que as bebidas enlatadas surgiram nos Estados Unidos por volta do ano de 1935. Na época, a Lei da Proibição das Bebidas Alcoólicas havia sido revogada após mais de uma década, e as indústrias buscavam criar novas formas de envasamento que favorecessem o consumo rápido e, consequentemente, movimentassem o mercado. A partir de então, as cervejas começaram a ser vendidas em latas maciças de aço e/ou outros metais pesados. Também não havia lacre, e era necessário abrir a embalagem com abridores semelhantes aos usados para se abrir latas de sardinha.

O vinho em lata teve um caminho mais tortuoso, seja pela qualidade das latas, seja pela instabilidade da bebida. A maior parte das tentativas que ocorreram durante o século XX não lograram êxito, tendo sido, tão somente, no início deste século que o vinho em lata passou a ser um produto viável economicamente. Segundo o site Divino, o desafio na produção dessas bebidas (vinho em lata) é justamente equilibrar três elementos: o vinho a ser embalado, a lata com um revestimento próprio e o processo de armazenamento.

Aliado a tudo isso, também havia a questão do valor. Temos que ter em conta que  o objetivo dos vinhos enlatados é tornar o consumo da bebida mais acessível e menos litúrgico, não fazendo sentido que o produto final tenha um alto custo. Ou seja, foi necessário criar um método exclusivo, diferente do que é feito com cerveja ou refrigerantes, e ainda mantê-lo a um preço competitivo e acessível no caso da produção de vinhos em lata. Os produtores mundiais e os nacionais conseguiram resolver tal equação, oferecendo ao mercado um produto de qualidade e a preço acessível. E mais, sem ostentação, trazendo uma proposta de simplificação do consumo do vinho. Reconheço que os espumantes e os vinhos brancos mais secos e ácidos são os mais apropriados para a proposta dos vinhos em lata, mas alguns vinhos tintos têm se prestado para serem consumidos em latinhas. Claro que o consumidor não encontrará Barolo em lata, mas poderá encontrar um Merlot jovem e fresco, para consumo sem maiores pretensões.

Pessoalmente, sou entusiasta do consumo de vinhos em latas, com ênfase para os espumantes enlatados e, assim, vou sugerir alguns que são possíveis encontrar e que têm a qualidade esperada para esta faixa de produtos. Começo com o vinho verde, português, Casal Garcia, que, branco, vem em simpática latinha que possibilita um consumo rápido e bem refrescado, quando fui apresentado, na hora pensei em bolinhos de bacalhau com aquela latinha de vinho verde. A Vinícola Salton, sempre pioneira, oferece ao mercado um frisante rosé, o Lunae, qua pode ir muito bem na beira de uma piscina ou acompanhando uma pizza margherita. A Vinicola Góes, tradicional casa de São Roque, produz o Vibra! Tinto Cabernet Sauvignon, que, em lata e levemente refrescado, pode acompanhar, muito bem, um churrasco. Por seu turno, a Vinícola Giaretta, situada em Guaporé, no interior do Rio Grande do Sul, investiu numa linha ampla de vinhos em latinhas, com o “label” de Lovin´Wine, que vão desde um branco de excelente acidez, bom acompanhante para peixes rústicos de aperitivo, passando por espumante rose dry, apropriada para clima quentes, até o tinto em lata, também um bom companheiro para carnes rústicas. Por fim, da Vinícola Dom Bonifácio, de Caxias do Sul-RS, o Vinho Frisante Moscato em Lata Vivant Wines e o branco da casta  Chardonnay, podem estar presente em comemorações despretensiosas, o Moscato acompanhando doces e bolos e o Chardonnay até uma boa salada de batatas. A latinha de cerveja, após mais de cinquenta anos, caiu no gosto do brasileiro; espero que não demore cinquenta anos para ocorrer a mesma coisa com o vinho em lata. Salut!  

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