O médico anestesista preso por estuprar pacientes sedadas durante cirurgias, no Rio, na última segunda-feira (16), exibia fotos com arma e fazia postagens românticas ao lado da esposa nas redes sociais.
Em uma publicação, o colombiano Andres Eduardo Onate Carrillo, de 32 anos, que estava há seis anos no Brasil, mostrou o pedido de casamento que fez à mulher, com a torre Eiffel ao fundo, em Paris, na França. Numa outra postagem, o médico escreveu que ela era o maior presente que ele poderia ganhar na vida.
Mas, segundo a polícia, o médico tinha uma vida dupla. Longe dos amigos e parentes, o médico anestesista guardava imagens de pornografia infantil e até vídeos estupros de duas pacientes durante cirurgias.
A investigação começou no final do ano passado, depois que a Polícia Federal identificou que Andres armazenava na nuvem de dispostivos eletrônicos conteúdos de pornografia infantil.
Ontem, agentes da Polícia Civil bateram à porta do anestesista para prendê-lo. A ação surpreendeu a esposa que, de acordo com o delegado responsável pela prisão, não acreditou, inicialmente, no que estava se passado. Mas, durante a busca e apreensão, se convenceu do envolvimento do marido nos crimes.
Na residência do casal, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, celular e computador foram apreendidos para serem encaminhados para perícia.
Em depoimento, Andres admitiu os crimes e que “aguardava o melhor momento para esfregar” o pênis nas vítimas”. Ele também afirmou que não sabia por que nutria dentro de si “a compulsão de ver e armazenar pornografia infantojuvenil”.
A polícia continua investigando o caso e suspeita que outras pessoas possam ter sido vítimas do médico. O pai de uma criança, que foi submetida a um procedimento com anestesista, procurou a DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), desconfia que o menor possa ter sído vítima de abuso porque Andrés pediu para ficar sozinho com o paciente.
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