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Brasil e Argentina vão trabalhar por moeda comum para o Mercosul, diz embaixador após encontro com Haddad

Brasil e Argentina trabalharão para a criação de uma moeda comum para o Mercosul, disse nesta terça-feira (3) o embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, após visita de cortesia ao ministro Fernando Haddad (Fazenda).

De acordo com o argentino, o objetivo é fortalecer o bloco comercial e ampliar o vínculo entre os países da região. Ele também sinalizou que a criação de uma moeda única, como o euro, moeda oficial dos países-membros da União Europeia, está descartada.

“Isso não significa que cada país não tenha a sua moeda, significa uma unidade para a integração e aumento de intercâmbio comercial em todo esse bloco regional. E, como disse o presidente Lula, fortalecer o Mercosul, ampliar a união latino-americana é muito importante”, disse.

Com participação expressiva de líderes da América do Sul, a posse de Lula se mostrou um indicativo de uma possível mudança no posicionamento do Brasil na geopolítica internacional.

A lista de líderes presentes na cerimônia também indicou um novo relacionamento com os vizinhos sul-americanos. Vieram ao Brasil para a posse, entre outros, os presidentes Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile) e Gustavo Petro (Colômbia).

Segundo Scioli, os principais temas tratados com Haddad nesta terça foram a integração financeira e energética entre Brasil e Argentina e o aumento do intercâmbio comercial entre os dois países. O Mercosul, por sua vez, ficou fora da discussão.

“O Brasil é o parceiro número um da Argentina e, no contexto de crise da globalização, a vontade é fortalecer toda a nossa região, nossa complementação”, afirmou.

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