Educação antirracista valoriza ensino da cultura e história afro-brasileira em escolas privadas

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A educação antirracista inclui alunos negros e brancos e visa fazê-los compreender o racismo como um problema social a ser discutido e combatido por todos. Os problemas que ocorrem na sociedade acontecem dentro da escola também, por isso é preciso pensar em práticas antirracistas desde cedo. Nesse contexto, uma escola da elite de São Paulo, Colégio Santa Cruz, criou o projeto “Santa Plural” para incluir estudantes negros e indígenas na educação infantil. São dez vagas para pagantes e até 12 vagas para bolsistas parciais ou integrais, como explica Débora Vaz, diretora pedagógica do colégio. “A ideia do convívio, da diversidade, de enfrentarmos uma escola onde a presença de crianças negras esteja mais no chão da escola, nas nossas práticas, na nossa experiência, é uma parte do projeto, mas a parte mais importante do projeto é como a gente vai se formando, se letrando para as questões raciais no nosso país, tanto como educadores como também como comunidade, que envolve famílias e ex-alunos, e vamos também revendo o nosso currículo, a importância da representatividade negra e indígena, onde é que aparecem no nosso currículo essa força de presença, que é uma presença majoritária na população brasileira, e como que a gente traduz isso no nosso acervo de biblioteca, nos nossos projetos, nas nossas sequências didáticas”, diz. Além do Santa Cruz, colégios como Vera Cruz e Gracinha também têm programas de inclusão nas escolas. O projeto de inclusão chega às escolas privadas com atraso de quase duas décadas. Desde 2003, a lei estabelece a valorização da cultura e história afro-brasileira na sala de aula.

A visão de Débora Vaz é compartilhada também por Viviana Santiago, colunista do portal Lunetas e consultora em educação e relações étnico-raciais. Segundo ela, criar bolsas é bom, mas não é suficiente, é preciso atualizar o currículo: “É muito importante levar em consideração que, hoje, definitivamente, no Brasil, a gente vê a questão minhas relações étnico-raciais sendo pautada de uma maneira que não era antes. Quando a gente vê o exercício que as escolas particulares tem feito de pensar essa presença negra nessa escola, a gente percebe que são provocações que não aconteciam, no entanto é muito importante que a gente reconheça que, embora essas provocações sejam relevantes, elas não são a solução para essa questão, porque a questão da desigualdade racial na educação e de relações étinico-raciais que não são só saudáveis entre crianças brancas e negras não se esgotam trazendo crianças negras para essas escolas. É preciso mudar currículo, é preciso a gente entender as relações entre raça, pobreza, desemprego e falta de acesso à política pública. E de fato há uma melhoria na educação pública no Brasil”.

Nesse caminho, existe também a aTip, que é uma startup que atua no elo entre profissionais autistas e empresas, a fim de garantir a inclusão, inovação e acolhimento. Caio Bogos, CEO da aTit e especialista em diversidade, diz que tem percebido interesse de algumas escolas particulares pelo tema, mas que ainda é algo muito fragmentado. “A gente trabalha com pautas separadas, pauta racial, pauta de gênero, por exemplo, entre outras pautas, que acabam sendo trabalhadas de maneira muito separada e não interseccional, como elas deveriam ser. Então, a gente está começando ainda nesse movimento de falar mais sobre o assunto e, com certeza, esse falar mais sobre o assunto começa efetivamente na idade escolar, porque a gente não prepara a próxima geração sem o mínimo de conhecimento sobre diversidade e inclusão, porque a nossa sociedade, efetivamente, é diversa, ainda mais aqui no Brasil.A gente vê esse movimento principalmente em escolas particulares, o que deveria, na nossa opinião, ocorrer também no ensino público, mas ao mesmo tempo está muito no início tanto na parte escolar quanto na parte das empresas consequentemente”, comenta.

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