Trump larga na frente na corrida contra Biden em 2024, mas deve enfrentar adversários de peso em seu partido

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Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump movimentou a política do país ao anunciar, antes do fim das apurações das ‘midterms’, eleição de meio de mandato que decide qual partido terá maioria na Câmara dos Representantes e no Senado, que vai se candidatar à Presidência em 2024. O anúncio contrariou assessores e aliados dos candidatos e foi feito em um momento em que Trump está enfraquecido, pois não foi possível implantar a “onda vermelha” que estava sendo idealizada antes das eleições, veio com a promessa de fazer o país voltar a ser grandioso. “Para fazer com que os Estados Unidos volte a ser grande e glorioso, anuncio esta noite minha candidatura à presidência”, disse Trump, minutos após entregar o documento oficial à autoridade eleitoral do país. O anúncio precoce da pré-candidatura de Trump é considerado uma tentativa de ficar à frente de outros republicanos, como o governador reeleito da Flórida, Ron DeSantis, que aparece entre os nomes favoritos da sigla para concorrer à Presidência, e evitar possíveis acusações criminais por investigações das quais ele é objeto, como a invasão ao Capitólio. “Vou garantir que Joe Biden não consiga mais quatro anos”, prometeu Trump, enquanto o presidente respondeu no Twitter: “Donald Trump falhou com os Estados Unidos”. Apesar do enfraquecimento por causa das midterms, especialistas ouvidos pelo site da Jovem Pan apontam que ele ainda é uma ameaça para Joe Biden e que se as eleições fossem hoje, haveria chances dele sair vitorioso. 

“Trump ainda tem uma base fiel de seguidores. Talvez se hoje tivéssemos uma eleição entre Trump e Joe Biden, ele poderia retomar o comando dos EUA”, diz Igor Lucena, doutor em relações internacionais. “Trump conseguiu fazer com que a ideologia dele fosse dominante, ele conseguiu fazer com que o Partido Republicano virasse um partido do trumpismo”, explica Guilherme Thudium, doutor em estudos estratégicos internacionais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Trump se apossou do Partido Republicano, principalmente pela capacidade de mobilização em massa”, acrescentou. Apesar da força que ainda tem, Trump anunciou a pré-candidatura com várias desvantagens potenciais. Ele é alvo de diversas investigações por sua conduta antes, durante e depois do mandato como presidente, o que pode resultar em sua inelegibilidade. O republicano também está sendo investigado por suposta fraude nas empresas da família, por seu papel no ataque de seus simpatizantes ao Capitólio em janeiro de 2021, por sua tentativa de anular as eleições de 2020 e por ocultar documentos confidenciais em Mar-a-Lago. Por essas razões, há quem aposte que o anúncio da candidatura de Trump para presidência tenha sido uma estratégia para cessar as investigações contra ele. 

“Os republicanos, agora com o controle da Câmara dos Representante, podem fazer com que as investigações sumam. Ele pode estar anunciando sua candidatura para fazer com que essas investigações sejam encerradas”, inicia Lucena. O especialista alerta para o fato de o Departamento de Justiça poder se sentir “constrangido a continuar com investigações com um pré-candidato com uma capacidade tão forte”. “Se Trump conseguir protelar essas investigações e entrar em um período eleitoral ou pré-eleitoral, ele pode alegar que esta sofrendo perseguição política”, acrescenta. Por essas razões, Lucena avalia que “não foi um lançamento de candidatura por acaso, existe uma estratégia com vários interesses, fora do próprio escopo da eleição”. Alguns se perguntam se Trump, com seu estilo de fazer política e seus problemas jurídicos, é a pessoa certa para representar o partido em 2024. Esses problemas enfrentados por Trump e o baque sofrido pelos republicanos nas midterms, abriram margem para que novas lideranças ganhassem espaço para concorrer à Presidência. O ex-presidente tem vários rivais de peso para as primárias de 2024, em particular o governador da Flórida, Ron DeSantis, que obteve uma vitória contundente em sua reeleição na votação de 8 de novembro.

Para Thudium, o ex-presidente não perdeu tanto o favoritismo, mas “saiu enfraquecido das eleições e gerou espaço para novas lideranças que ainda não tinha sido vislumbrado”. Uma de suas maiores dificuldades nesta nova candidatura é vencer as primárias. Porém, apesar de ser um desafio, o doutor em estudos estratégicos internacionais vê uma leve vantagem em Trump em relação aos demais. “Ele já foi testado duas vezes a nível nacional e mostrou que o trumpismo se mantém de forma sólida. Os republicanos, por mais que sintam falta do republicanismo mais profissional que o Trump ignora, existe também uma intenção de retomar ao poder, e muitos já mostraram que o apoiariam”, diz. Os republicanos fracassaram na tentativa de tomar o controle do Senado dos democratas e devem ter uma pequena maioria na Câmara, contrariando as expectativas das vésperas das eleições. Ainda assim, apesar de ter sido abandonado por vários doadores republicanos importantes, Trump já arrecadou 100 milhões de dólares. No momento, DeSantis parece o principal rival de Trump no Partido Republicano, em uma disputa que também pode incluir o ex-vice-presidente Mike Pence, o senador do Texas, Ted Cruz, o governador da Virginia, Glenn Youngkin, o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Haley. Lucena aponta que Trump deve enfrentar algumas dificuldades nessa nova candidatura, principalmente pelo fato de estar apostando em um plano antigo. “Ele está apostando na mesma estratégia que foi fracassada e não tem uma grande estratégia nacional de mudança do ponto de vista do trabalho”, diz. Ele acrescenta, porém, que os republicanos podem tirar proveito da conquista da Câmara, porque “as midterms foram uma espécie de sinalização da sociedade norte-americana de que o governo Biden não está indo bem e que uma mudança será feita se eles continuarem nessa posição negativa e negacionista. A população não está satisfeita com os rumos da economia”.

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