Uma idosa de 63 anos foi resgatada com vida dos escombros de um prédio na cidade de Naypyitaw, em Mianmar, nesta terça-feira (1º). Segundo o Corpo de Bombeiros, a idosa ficou soterrada por 91 horas, isto é, desde que o edifício colapsou devido ao terremoto que atingiu o país na última sexta-feira (28).
Até o momento, 403 pessoas foram resgatadas, enquanto 270 seguem desaparecidas. Mais corpos foram encontrados nas últimas horas, elevando o número de mortos para 2.065. Entre as vítimas estão 200 monges budistas que estavam fazendo um exame religioso em um mosteiro, que desabou, e centenas de muçulmanos que rezavam em mesquitas durante o Ramadã.
Equipes dos bombeiros seguem correndo contra o tempo para fazer os resgates, uma vez que a probabilidade de encontrar sobreviventes em escombros cai drasticamente após 72 horas. Para auxiliar nas operações, Estados Unidos, Rússia, China, Índia e Emirados Árabes Unidos, entre outros países, enviaram equipes de resgate especializadas e pacotes financeiros de ajuda humanitária.
A ajuda dos países tranquilizou organizações internacionais que trabalham no país. As entidades temiam que o pedido de auxílio fosse rejeitado, já que o líder da junta militar que comanda Mianmar, Min Aung Hlaing, é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes contra a humanidade. Sem a ajuda externa, o país, que vive uma guerra civil desde 2021, enfrentaria ainda mais dificuldades na resposta contra o terremoto.
Além de Mianmar, o terremoto foi sentido em Bangkok, na vizinha Tailândia. De acordo com o ministro da Defesa, Phumtham Wechayachai, pelo menos 20 pessoas morreram na capital tailandesa, enquanto outras cerca de 100 seguem desaparecidas. Entre eles estão dezenas de trabalhadores da construção civil, que permanecem sob os escombros de um arranha-céu inacabado que desabou.