A Polícia Federal apreendeu um pendrive contendo o plano detalhado de uma tentativa de golpe de Estado. Segundo os investigadores, um dos objetivos, além de neutralizar o presidente Lula e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, era matar ou prender o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Este fato veio à tona através do relatório, que foi retirado do sigilo após ser enviado por Moraes para a Procuradoria Geral da República. O dispositivo foi descoberto em posse do Tenente Coronel Hélio Ferreira Lima, integrante de um grupo de elite do Exército Brasileiro conhecido como “Kids Pretos“.
O conteúdo do pen drive revelou uma planilha extensa, com mais de 200 páginas, que delineava o plano de ação nos âmbitos psicossocial, político, militar, econômico e produção. Cada seção do planejamento era organizada em três colunas: fato, dedução e conclusão. O documento descrevia uma operação destinada a restabelecer a lei e a ordem por meio da retomada da legalidade, visando controlar os três poderes e criar condições favoráveis para a apropriação da máquina pública. Além disso, o relatório indica um planejamento de ruptura institucional em razão possivelmente, segundo os investigadores da PF, do resultado das urnas de 2022.
Um dos pontos mais repetidos neste documento é a necessidade neutralizar a ação do Supremo Tribunal Federal. O relatório da Polícia Federal foi encaminhado à PGR, que agora tem um prazo de 15 dias, prorrogável por mais 15, para que o procurador Paulo Gonet se manifeste sobre os pedidos de indiciamento. No entanto, devido ao recesso do Judiciário, é esperado que uma decisão só seja tomada no início do próximo ano.