Walid Khaled Abdallah Ahmed, um jovem de 17 anos, morreu enquanto estava sob custódia do Serviço Prisional de Israel. A autópsia, realizada cinco dias após sua morte em fevereiro, revelou indícios de “desnutrição extrema”. O adolescente, que tinha um pai brasileiro, residia na Cisjordânia e foi detido em 30 de setembro do ano passado, sob a acusação de agredir soldados israelenses. Ele foi enviado para a prisão de Megido, onde sua morte ocorreu em circunstâncias que ainda não foram totalmente esclarecidas. A Federação Árabe-Palestina do Brasil informou que Walid pode ter falecido em decorrência de um golpe na cabeça, possivelmente relacionado à falta de alimentação adequada.
O pai do jovem, Khaled Abdalla Fadel, fez um apelo à mídia e ao governo brasileiro, solicitando que pressionem por uma resposta sobre a devolução do corpo. Ele enfatizou que é inaceitável que um jovem inocente tenha perdido a vida devido à negligência médica. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou a necessidade de transparência nas investigações em torno do caso de Walid. Além disso, a pasta destacou que atualmente existem onze cidadãos brasileiros detidos em Israel, o que levanta preocupações sobre a situação dos brasileiros no país. A morte do jovem gerou um clamor por justiça e por uma revisão das condições de detenção.