Veja 5 dicas infalíveis na hora de comprar um colchão, segundo especialista
Você sabia que um dos vilões do seu sono pode ser o seu colchão? Pois é. Segundo o ortopedista Dr. Carlos Cedano a escolha errada da cama e do travesseiro pode ocasionar muitos problemas, e não só os posturais. “Dormir na posição errada ou em uma superfície não recomendada de acordo com seu peso e altura pode gerar problemas nas articulações, dores no pescoço, pernas e ombros, desgastes que podem gerar, por exemplo, hérnia de disco em casos crônicos, além de azia (devido à má posição da cabeça e ao refluxo) e apneia, pelo fato da pessoa não estar bem acomodada para o descanso”.
Mas o problema não existe somente na hora de ir pra cama: a escolha de um bom colchão é um desafio para a maioria das pessoas. “A maioria da população desconhece a informação de que é preciso trocar o colchão a cada 5 anos, por exemplo. Ainda, casais erram na escolha por não saberem como calcular o melhor material para o colchão, indo de encontro apenas com a informação do conforto. Porém, existe uma ciência para isso, existem estudos e evidências que podem ajudar o consumidor a não se arrepender da compra ou mesmo não sofrer com uma má escolha depois”, explica Débora Fernandes, Diretora Executiva do INER – Instituto Nacional de Estudos do Repouso – e Pró-Espuma.
“Atualmente, a concorrência na indústria colchoeira é muito alta, são mais de 300 empresas de colchões estabelecidas no país, e o principal aspecto de competitividade entre elas é a disputa pelo menor preço, estando a qualidade em segundo plano para muitas dessas empresas. Por isso é fundamental que o consumidor adquira mais conhecimento sobre como escolher um colchão ideal”, declara.
Ao portal Jovem Pan, a executiva que é conhecida como a voz feminina do Ecossistema do Sono, Débora Fernandes enumerou cinco dicas com um passo a passo didático para que você só tenha que se preocupar em contar carneirinhos.
Consulte a tabela de biótipo
Utilizada até hoje como referência quando o assunto é escolher o melhor colchão, a tabela de biotipo foi a base para o desenvolvimento da primeira norma técnica para a fabricação de colchões de espuma no Brasil. Desenvolvida em 1984 por médicos e técnicos que radiografaram e examinaram pessoas deitadas em colchões, o estudo aponta a densidade de espuma recomendada para cada pessoa de acordo com o seu peso e altura. “Quando se compra um colchão para um casal é preciso pensar na densidade do peso e altura da maior pessoa, em geral, do homem. Nesses casos a mulher vai optar a composição de acordo com a sensação de conforto oferecida”, ensina Débora. A tabela de biotipo está à disposição no site do INER e é bem simples, basta acessar e cruzar os dados.
Defina entre espuma ou molas
Para quem busca por um suporte mais firme, o colchão ideal é o de espumas. Já o de molas é indicado para aqueles que se movimentam muito durante o sono, nesse caso o colchão de molas atua como um equipamento que impulsiona e auxilia a movimentação do corpo. “A maioria das pessoas hoje optar pela mescla espuma com molas que garante durabilidade, segurança e conforto de maneira adequada”.
Cheque a densidade da camada de suporte
Existem diferentes densidades de espumas e cada uma é ideal para suportar um biotipo. “Para quem opta por um colchão de molas, tão ou mais importante do que escolher o tipo de mola é definir também a densidade da camada de suporte. Essa é a camada de espuma que vai logo acima das molas na montagem estrutural dos colchões”.
Defina o grau de conforto (macio, intermediário ou firme)
Essa é uma escolha individual e a recomendação é optar pelo conforto que proporcione a melhor sensação.
Exija a qualidade atestada
Buscar um certificado é essencial para adquirir um produto de qualidade. “O Certificado Pró-Espuma é uma certificação voluntária, que tem como base a norma estabelecida pelo INER, reconhecida como o mais alto padrão de exigência em âmbito nacional para o mercado de colchões, agregando valor à certificação do INMETRO, órgão regulador”, informa.