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Bolsonaro diz a aliados que Marçal tentou usar ato na Paulista para ‘palanque’

Em mensagem enviada a aliados, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o influenciador Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, por tentar “fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros” em ato na Avenida Paulista, neste sábado.

O texto afaga o prefeito e candidato apoiado por Bolsonaro na disputa na capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), que teve presença “à altura das pautas defendidas” na manifestação, segundo o ex-presidente. A mensagem foi obtida pelo portal Metrópoles e confirmada pelo GLOBO.

O ex-coach Pablo Marçal reclamou que foi barrado por seguranças ao tentar subir no trio principal da manifestação, de onde Bolsonaro discursou. As alegações de Marçal irritaram o pastor evangélico Silas Malafaia, que contratou o caminhão, e chamou o influenciador de “mentiroso”.

O ato que pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, contou com a presença de candidatos bolsonaristas de várias cidades.

Segundo Jair Bolsonaro, “os candidatos a prefeito por São Paulo foram convidados” para a manifestação. “O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena (sic) compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa”, acrescenta. A campanha de Nunes diz que recebeu a nota.

“O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, diz Bolsonaro.

Na mensagem, Bolsonaro erra o nome da candidata do Novo, Marina Helena, que também esteve na manifestação.

Nunes teve participação discreta no ato na Avenida Paulista. Ele chegou por volta das 14h e aproveitou a presença para criar conteúdo nas redes sociais. Durante os discursos, ficou em espaço pouco visível no caminhão-palanque e não foi anunciado pelos organizadores.

Já Marçal chegou no fim da tarde, depois que o ex-presidente havia terminado de discursar, e ficou em próximo dos manifestantes. Ele enviou uma nota a imprensa dizendo que foi “surpreendido com o impedimento do acesso ao caminhão”.

Silas Malafaia confirmou Marçal teve o acesso vetado, mas somente porque o evento já havia terminado. Ele se irritou com as alegações do ex-coach:

— Chegou lá dois ou três minutos depois que o evento tinha acabado. Ele quer subir para quê? Para fazer imagens para a campanha dele, para lacrar e fazer corte? Não sou idiota. — disse Malafaia, ao GLOBO, no sábado.

Barrado no palanque, Marçal trepou na grade metálica que protegia o caminhão e confraternizou com seus apoiadores. Também recheou as redes sociais com imagens no ato. Nunes saiu discretamente ao fim do discursos. Segundo sua assessoria, ele precisou cumprir “agendas da prefeitura”.

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