A Arquidiocese de São Paulo anunciou que encerrou a investigação sobre o padre Júlio Lancellotti, que foi alvo de denúncias de conteúdo sexual feitas pela presidência da Câmara Municipal.
Em comunicado, a instituição afirmou que não possui provas suficientes para comprovar a veracidade das acusações e mencionou um parecer do Ministério Público de 2020 sobre o mesmo caso.
A decisão foi informada ao Vaticano, de acordo com a Arquidiocese.
A nota ressalta que a Cúria Metropolitana de São Paulo “continuará atenta a novos elementos de verdade sobre os fatos denunciados.
Sem se deixar influenciar por interesses ideológicos ou políticos”.
O vídeo em questão foi enviado pelo presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União Brasil), na última segunda-feira.
No entanto, a autenticidade do material não foi comprovada e mostra um homem se masturbando.
Em 2020, o mesmo vídeo foi alvo de uma investigação do Ministério Público de São Paulo, que decidiu arquivar a denúncia.
O padre Júlio Lancellotti é alvo de acusações feitas pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), autor do requerimento para a abertura de uma CPI que visa investigar as ONGs que atuam no centro de São Paulo.
No início do ano, sete vereadores que haviam assinado o documento para a instauração da CPI retiraram o apoio após Lancellotti.
Líder da Pastoral do Povo de Rua, ser apontado como o principal alvo da comissão.
Os parlamentares afirmaram terem sido enganados pelo autor da CPI, já que o texto não mencionava o padre.
Nunes alega ter contratado uma perícia que comprova a autenticidade do vídeo e afirma que o homem nas imagens é o religioso.
O padre Júlio Lancellotti preferiu não comentar o assunto, enquanto seu advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, afirmou que se trata de uma montagem.
O vereador Nunes também enviou o material para o Ministério Público de São Paulo.
O Ministério Público Federal e a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
