‘Não há como confundir paz e união com impunidade’, diz Moraes em ato que relembra 8/1
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta segunda-feira, 8, que não há como confundir “paz e união” com “impunidade” e nem com “apaziguamento”.
O discurso foi feito durante o ato “Democracia Inabalada”, cerimônia para relembrar a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes um ano atrás, no dia 8 de janeiro de 2023.
“O fortalecimento da democracia não permite confundirmos paz e união, com impunidade.
Apaziguamento ou esquecimento, impunidade não representa paz nem união.
Absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um estado de exceção, serão devidamente investigados.
Processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades.
O apaziguamento também não representa paz e nem união, um apaziguador.
Como lembrado pelo grande primeiro ministro inglês Winston Churchill, é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”, disse Moraes.
O ministro defendeu urgência na regulamentação da internet por.
Segundo ele, representar um dos grandes perigos modernos à democracia e comparou os métodos que causam o “populismo digital extremista” ao nazismo e ao fascismo.
“A ausência de regulamentação e a inexistente responsabilização das plataformas, somadas à falta de transparência na utilização da inteligência artificial e dos algoritmos, tornaram os usuários suscetíveis a demagogia e a manipulação política, possibilitando a livre atuação desse novo populismo digital extremista e deus aspirantes a ditadores”, iniciou o presidente do TSE.
“Esse maléfico e novo populismo digital extremista, evoluiu na utilização dos mesmos métodos utilizados pelos regimes nazista e fascista no início do século 20”, finalizou.
O evento aconteceu no Salão Negro, no Congresso Nacional e contou também com as falas do presidente da República.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Luís Roberto Barroso; do Procurador-Geral da República, Paulo Gonet e a interpretação do hino nacional pela Ministra de Estado da Cultura, Margareth Menezes.