Pistas apresentados por hacker em novo depoimento são frágeis, avalia PF
Investigadores da Polícia Federal (PF) ouvidos pela reportagem do g1 afirmaram que o novo depoimento dado pelo hacker Walter Delgatti nesta sexta-feira (18).
Trouxe algumas pistas sobre como comprovar suas alegações, mas que elas são frágeis.
A PF convocou Delgatti a depor novamente após suas falas na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, na quinta-feira (17).
Como já havia dito o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira, ele confirmou o que disse à CPMI. Entre outras declarações, o hacker afirmou à PF que.
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Jair Bolsonaro (PL) prometeu a ele indulto caso fosse preso por ação de sabotagem contra urnas eletrônicas.
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O ex-presidente citou um “grampo” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e pediu a Delgatti que “assumisse autoria” da invasão.
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A deputada Carla Zambelli (PL-SP) prometeu a ele emprego na campanha de Bolsonaro de 2022 se ajudasse nas tramas p desacreditar justiça e sistema eleitoral.
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Duda Lima, marqueteiro de Bolsonaro, pediu um “código-fonte” falso para apontar fragilidade nas urnas durante a campanha.
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Ele sabia que estava cometendo crime ao agir contra as urnas, mas que havia recebido ordem do então presidente;
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Carla Zambelli fez o texto do falso mandado de prisão contra Moraes que foi incluído em sistemas de Justiça que foram invadidos.
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Esteve 5 vezes no Ministério da Defesa e orientou servidores da pasta na elaboração de relatório sobre urnas, que foi entregue ao Tribunal Superior Eleitoral.
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Recebeu um áudio de uma assessora da Carla Zambelli, com promessas de pagamento pelos serviços prestados durante a campanha presidencial.
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A PF vai procurar a suposta assessora mencionada por Delgatti, que ele disse se chamar Cris.
O hacker já havia prestado depoimento à PF na quarta-feira (16).
Quando afirmou que recebeu R$ 40 mil de Carla Zambelli para invadir qualquer sistema do Poder Judiciário.
A deputada nega a acusação.