A gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, está atualmente avaliando a desativação do Elevado Presidente João Goulart, popularmente conhecido como Minhocão, como parte de um projeto para estender a Avenida Marquês de São Vicente. A prefeitura ainda não decidiu se o viaduto será demolido ou transformado em um parque suspenso, mas a desativação do Minhocão é uma possibilidade real, conforme consta no plano de metas recentemente lançado pela administração municipal. Este plano prevê a construção de um corredor de 6,9 km, que ligaria a Rua Sérgio Tomás, na zona oeste, à Avenida Salim Farah Maluf, na zona leste, com o objetivo de melhorar o fluxo de trânsito entre essas regiões.
O prefeito Ricardo Nunes explicou que um estudo realizado pela Secretaria de Urbanismo de São Paulo considerou a criação de um túnel como uma alternativa, mas o custo elevado inviabilizou essa opção. A construção do corredor foi considerada a alternativa mais viável. Durante uma coletiva de imprensa, Nunes destacou que a extensão da Avenida Marquês de São Vicente até o Tatuapé poderia aliviar o trânsito e facilitar a ligação entre as zonas oeste e leste, passando pelo centro da cidade. A decisão sobre a desativação do Minhocão, seja por demolição ou transformação em um parque, ainda será discutida com a sociedade, dada a polêmica em torno do tema.
O Minhocão, que começa na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, e se estende até a zona oeste, é uma área de lazer popular nos finais de semana e à noite, quando fica fechado para o trânsito. A desativação do viaduto já estava prevista no plano diretor da cidade desde 2014, durante a gestão do então prefeito Fernando Haddad, com a meta de ser concluída até 2029. A atual administração está revisitando o tema, mas ainda não há uma decisão final sobre o futuro do Minhocão. A população aguarda os próximos passos e debates sobre a melhor solução para o viaduto.
