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Advogado de Bolsonaro diz que vai pedir anulação da delação de Mauro Cid

by webradiobrasil

Celso Vilardi, um dos advogados de Jair Bolsonaro, afirmou que vai pedir a anulação da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Em entrevista à Globonews, questionado pela jornalista Andreia Sadi se iria pedir anulação de delação de Cid, advogado disse “evidentemente que sim”. Ele criticou o andamento do processo e o fato de o ministro Alexandre de Moraes ter ouvido Cid. “Cadê os juristas, cadê os advogados que criticaram a Lava Jato? Qual é o recado que nós vamos passar para o país admitindo uma delação como essa?”, perguntou. “Precisamos ter cuidado porque é grave o que está acontecendo”.

“No caso do delator, uma eventual tomada de novo depoimento teria que caber à Polícia Federal e ao Ministério Público. O poder judiciário, segundo a lei, só deve atuar para homologar”, afirmou Celso Vilardi, advogado de Bolsonaro.

Advogado disse que a defesa vai tentar mostrar a não-participação de Bolsonaro no plano de golpe. Para Vilardi, a denúncia da Procuradoria-Geral da República é inconsistente. “Hoje temos uma denúncia proposta, e a principal linha de defesa evidentemente vai ser mostrar a não-participação do presidente Bolsonaro”, falou. “Acho que essa é a principal linha pela própria inconsistência da denúncia. Eu vou apresentar uma defesa que eu acho que será consistente”.

Vilardi afirmou que vai pedir que o caso seja julgado no plenário do STF

A princípio, a denúncia será analisada pela Primeira Turma, composta pelo relator, Alexandre de Moraes, e pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. “Pelo jeito estão querendo fazer um julgamento na Turma. Começa mal. Como se pode fazer um julgamento na Turma?”

Questionado se iria pedir que o caso fosse ao plenário, ele respondeu: “Vou”. “O julgamento justo é a única forma de preservar a democracia”, acrescentou o advogado.

Nesta quinta (20), defesa pediu a Moraes o prazo de 83 dias para analisar a denúncia. Advogados do ex-presidente alegam “paridade de armas” com o Ministério Público Federal. Para a defesa, ex-presidente deveria ter direito ao mesmo tempo que a acusação demorou para analisar todo o conteúdo da investigação que levou à denúncia contra Bolsonaro.

UOL

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