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Queimada sob Bolsonaro, culpa de Bolsonaro. Queimada sob Lula, culpa de Bolsonaro; eis o PT

Ontem – quarta-feira, 18 – escrevi uma coluna para O Antagonista cujo título foi: “Declarações irresponsáveis de Lula e Marina beiram a paranoia”. O amigo leitor e a amiga leitora podem acessar aqui. Em resumo, tratei das falácias proferidas por estes dois militantes de esquerda, que jamais despiram-se de suas personagens políticas, ainda que ocupem cargos importantes.

Lula nunca se furtou em mentir, distorcer e enganar os incautos para conquistar eleitores e votos. E Marina Silva, por sua vez, em nome da defesa dos povos da floresta, do meio ambiente e de sua busca pelo Éden, sempre dissertou teses tão verdadeiras quanto Lula ter sido “inocentado” pela Organização das Nações Unidas (ONU) e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Dessa vez, ambos, irresponsavelmente, tensionando o cabo da odienta polarização que tem levado a política do país à cenas de violência explícita, como a cadeirada de Datena no crânio de Marçal, atribuíram, cada um a seu modo, as queimadas atuais – totalmente fora de controle – a atos de terrorismo praticados por bolsonaristas e interessados em prejudicar o governo.

A culpa é sempre dos outros

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Lula citou a manifestação de 7 de setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando, segundo ele, falaram em “Tocar fogo no país”, dando interpretação literal àquilo que sabidamente se trata de mera figura de linguagem. Já Marina citou os atos golpistas mequetrefes de 8 de janeiro de 2023 como comparação ao que chamou de “Terrorismo climático” em curso no Brasil.

Não bastassem o presidente da República e a ministra do Meio Ambiente, agora é Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, que se junta à grita paranoica e falaciosa ao afirmar: “Eu não sei se é pensado ou organizado [os incêndios], mas como disse a ministra Marina, que nós temos um terrorismo ambiental, nós temos. É preciso investigar isso profundamente”.

Essa senhora relacionou a privatização da Vale, ocorrida no governo FHC, pela tragédia de Brumadinho, em 2019, quando o rompimento de uma barragem matou mais de 200 pessoas. Agora, pega carona nas bravatas da companheirada para, como sempre, espetar a conta no lombo alheio. É o modus operandi petista: não sei de nada, não tenho culpa de nada, cobre dos outros.

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