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Em ano eleitoral, viagens de ministros a redutos crescem mais de 70%

Em um ano marcado por eleições municipais, o fluxo de viagens de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a redutos eleitorais cresceu mais de 70%. O Metrópoles mapeou as viagens de 25 membros do alto escalão aos seus estados de origens. Os gastos com essa finalidade somam R$ 2,35 milhões.

Este levantamento considerou apenas os ministros que já ocuparam cargos eletivos, e os estados de origem são as unidades da Federação pelas quais eles foram eleitos. A reportagem usou dados do Painel de Viagens, gerido pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

Os números apontam que, em 2023, os ministros tiveram 263 viagens para locais que os elegeram. Já em 2024, a quantidade saltou para 455 – ou seja, aumento de 73%.

Em geral, o levantamento considerou afastamentos entre janeiro e agosto do último ano. As exceções são André Fufuca (Esporte), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Celso Sabino (Turismo), que assumiram os ministérios em setembro, no caso dos dois primeiros, e agosto, neste último. Nessas situações, a reportagem levou em conta todas as viagens feitas em 2023, desde as respectivas posses.

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Os auxiliares de Lula que tiveram maior salto entre um ano e outro foram Fufuca, André de Paula (Pesca), Rui Costa (Casa Civil) e Silvio Costa Filho. Em 2023, o ministro do Esporte voou 13 vezes para o Maranhão, estado pelo qual foi eleito deputado federal em 2014, 2018 e 2022. Neste ano, foram 33 idas.

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