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Biden e Kamala fazem primeiro ato juntos e dão impulso à campanha democrata

Joe Biden e Kamala Harris deram uma demonstração de unidade, nesta quinta-feira (15), ao realizarem seu primeiro evento público conjunto desde que a vice-presidente o substituiu como candidata do Partido Democrata para as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos. Biden foi celebrado quando atribuiu para si o mérito de um importante acordo para reduzir os preços dos medicamentos para os beneficiários do seguro médico federal Medicare. Cânticos de “Obrigado Joe!” ressoaram entre o público em um colégio em Maryland, perto de Washington. “Ela pode ser uma grande presidente”, disse Biden sobre Kamala. Em seu discurso, Biden disse que o plano dos democratas era “dar uma surra” nos adversários republicanos e provocou risos ao fingir que não sabia o nome de Trump: “Donald Dump [lixeira em inglês]”, brincou.

A aparição conjunta ocorreu algumas horas antes de Trump realizar uma coletiva de imprensa em seu clube de golfe em Nova Jersey. Trump estava subindo de maneira constante nas pesquisas, em grande parte por sua mensagem de que Biden estava perdendo sua acuidade mental, uma acusação que ganhou força quando o presidente teve um desempenho sofrível em um debate presidencial na televisão. Agora é Kamala Harris, de 59 anos, que ganha impulso contra Trump, de 78. E Biden, aos 81 anos e no final de seu mandato, parece revitalizado, abraçando o papel de mentor que passa o bastão para sua protegida.

Kamala, que será coroada como candidata democrata na convenção do partido que acontece em Chicago na próxima semana, deu uma demonstração de deferência vice-presidencial, fazendo apenas comentários breves e destacando que foi uma honra para ela servir sob o comando do “ser humano mais extraordinário”. “Há muito amor nesta sala por nosso presidente”, disse ela entre aplausos.  Nesta sexta-feira (16), Kamala vai apresentar pela primeira vez os detalhes de seu programa econômico. Espera-se que a vice-presidente siga em grande medida a agenda econômica de Biden, enquanto também tenta se diferenciar e evitar a repulsa dos eleitores pelo aumento da inflação depois da pandemia de covid-19. As pesquisas mostravam que os americanos confiavam mais em Trump do que em Biden para gerir a maior economia do mundo, mas um levantamento recente do jornal Financial Times e da Universidade de Michigan revelou que Kamala já ultrapassou o republicano: 42% contra 41%.

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