O bilionário sul-africano Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), divulgou na terça-feira (13) um ofício do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que o magistrado pede o bloqueio de perfis bolsonaristas na rede social.
O ofício, que data da última quinta-feira (8), pede que os perfis sejam bloqueados em até duas horas. Na manhã desta quarta, as páginas continuam no ar.
“Esta plataforma está sendo solicitada a censurar conteúdo no Brasil, onde as exigências de censura nos obrigam a violar a lei brasileira! Isso não está certo”, escreveu Musk. Duas imagens da decisão de Moraes aparecem abaixo do texto do bilionário.
No ofício em questão, o ministro do Supremo solicita o bloqueio, no prazo de duas horas, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00, dos perfis de:
- Ed Raposo;
- Claudio Rosagane da Luz;
- Josias Pereira Lima, pastor evangélico;
- Marcos Ribeiro do Val, senador do Podemos pelo Espírito Santo;
- Paola da Silva Daniel, esposa do ex-deputado federal Daniel Silveira;
- Sandra Mara Volf Pedro Eustáquio;
- Mariana Volf Pedro Eustáquio;
- Sergio Fischer.
Até a manhã desta quarta-feira (14), a publicação de Musk, bem como todos os perfis mencionados acima, encontravam-se no ar na plataforma.
Mensagens apontam que Moraes usou TSE para investigar bolsonaristas, diz jornal
A postagem de Musk foi feita poucas horas após reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontar que Moraes usou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas.
Mensagens obtidas pelo jornal mostram, conforme o texto, que o juiz instrutor de Moraes, Airton Vieira, pedia informalmente a Eduardo Tagliaferro, funcionário do TSE, relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Tais documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.
Em nota, o gabinete de Moraes esclareceu que, no curso das investigações, diversas determinações, requisições e solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive o TSE.
“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, argumentou o ministro.
CNN Brasil
