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Mais de 80% da desvalorização do real no 1º semestre se devem a causas domésticas, diz estudo

A alta do dólar nas últimas semanas levou a moeda norte-americana ao maior patamar em mais de dois anos, se aproximando dos R$ 5,70. Um modelo que mede os fatores que influenciam a formação do preço do dólar no Brasil indica que mais de 80% da desvalorização do real no primeiro semestre deste ano se devem a causas domésticas.

Para o economista Livio Ribeiro, sócio da BRCG Consultoria e autor do modelo econométrico que calcula a formação do preço do dólar, o Brasil não está sofrendo um ataque especulativo.

“Não há volatilidade, o movimento de depreciação do real é com uma única direção. O que está acontecendo é uma mudança rápida de patamar por causa do medo, do aumento da percepção de risco do país”, disse.

Pelo modelo de Ribeiro, seis variáveis são levadas em consideração para medir a contribuição de cada um deles na precificação do câmbio, estão a cotação diária, o CDS, medida de risco-país, o DXY, índice do dólar contra uma cesta de moedas.

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O CRB, índice de preços de commodities, os juros dos títulos públicos de 10 anos dos EUA, e a diferença de juros de um ano entre a taxa americana e a brasileira.

Como na tabela abaixo indica, entre 29 de dezembro de 2023 e 01 de julho de 2024 mede movimento do dólar contra as principais moedas do mundo (DXY) teve alta de 4,5%, ou seja, um movimento muito mais fraco do que o registrado contra o real.

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