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Eduardo Leite diz que Rio Grande do Sul vive pior tragédia da história e não tem capacidade para fazer todos os resgates

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), em entrevista coletiva nesta quarta-feira (1º), expressou preocupação com a atual crise devido às fortes chuvas que assolam o Estado desde o último sábado (29).

Comparando a situação com a tragédia de 2023, Leite alertou que este será o “maior desastre do Estado”. Até agora, o saldo é de 10 mortos, 21 desaparecidos e 11 feridos, além de mais de 3.400 desalojados. “Os números são imprecisos, à medida que vão aumentar muito.

A crise está em curso. Vai ser pior do que o que aconteceu em setembro do ano passado, infelizmente. […] “Nós não teremos capacidade de fazer todos os resgates, porque está muito mais disperso nesse evento climático que a gente está vivenciando.

E com dificuldades, porque ali as chuvas não cessam.

O estado tem tido dificuldades para acessar as localidades”, declarou o tucano. Em 2023, o RS registrou 16 mortes em junho, 54 em setembro e mais 5 em novembro.

Leite fez um apelo urgente aos habitantes das áreas afetadas, destacando que as autoridades enfrentam grandes dificuldades para resgatar todos os pontos críticos.

Ele ressaltou que a situação está se agravando e pode ser pior do que a registrada no ano anterior, quando ocorreram 75 mortes devido a eventos climáticos.

A situação é alarmante, com 114 municípios impactados e previsões de chuvas intensas nas próximas horas, elevando o risco de mais inundações e deslizamentos de terra.

O governador também mencionou o risco de rompimento da barragem Quatorze de Julho, na Serra Gaúcha. Os municípios de Cotiporã, São Valentim, Santa Bárbara, Santa Teresa, Muçum deverão ser drasticamente afetados se isso acontecer.

Diante do cenário crítico, o governo federal e diversos Estados estão mobilizando esforços para auxiliar no enfrentamento das consequências das chuvas.

O presidente Lula anunciou sua visita ao Estado nesta quinta-feira (2) e destacou a oferta de oito helicópteros das Forças Armadas para operações de resgate, ressaltando a necessidade de coordenação efetiva e apoio técnico para lidar com a “situação de caos e guerra” que se apresenta.

“Falei novamente com o presidente Lula e relatei que estamos vivenciando uma situação de guerra no Rio Grande do Sul.

O presidente manifestou sua intenção de vir ao Estado amanhã, gesto que é muito bem-vindo neste momento de dificuldade.

Reforcei que precisamos da participação efetiva e integral das Forças Armadas na coordenação deste momento, que é como o de uma guerra.

Não temos um inimigo para ser combatido, mas temos muitos obstáculos para serem superados e precisamos da atuação das Forças Armadas.”

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