Mel Lisboa interpreta Rita Lee em musical que estreia nesta sexta em São Paulo
“A sorte de ter sido quem sou, de estar onde estou, não é nada se comparada ao meu maior gol: sim, acho que fiz um monte de gente feliz”, sintetizou Rita Lee em sua autobiografia.
Agora, quem entra em campo, ou melhor, nos palcos, para fazer outras pessoas felizes é Mel Lisboa.
Que volta a interpretar a rainha do rock nacional, que morreu em 8 de maio de 2023, aos 75 anos.
A atriz é a protagonista de “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”, que estreia nesta sexta-feira (26) no Teatro Porto, em São Paulo.
Há dez anos, Mel fez sucesso e ganhou prêmios de melhor atriz com “Rita Lee Mora ao Lado”, com performance elogiada pela própria Rita, que assistiu ao espetáculo duas vezes na época.
Aliás, Rita Lee também pediu que Mel fosse a estrela deste novo espetáculo, com dramaturgia de Guilherme Samora,.
Quando ouviu a atriz dando voz ao audiolivro de “Rita Lee Uma Autobiografia” em 2022.
Para interpretar a cantora neste musical com cerca de 30 canções de Rita Lee, Mel Lisboa emagreceu, adotou a dieta vegana.
Como a artista, e teve aulas de canto. Entre os hits estão “Chega Mais”, “Banho de Espuma” e “Agora Só Falta Você”.
As facetas múltiplas da artista, que foi cantora, compositora, escritora, instrumentista, apresentadora, mãe, mulher libertária, rebelde e defensora dos animais, serão evidenciadas em cena com trocas de perucas diante do público.
Segundo Mel Lisboa, a vida da artista merece ser contada por ela ter aberto caminhos artísticos e ter feito, claro, muita gente feliz.
No livro que inspira a peça, Rita Lee narra, com sua voz debochada, fatos de sua trajetória artística e pessoal.
Como perrengues do início da carreira, sua infância na Vila Mariana, a passagem cheia de altos e baixos pelos Mutantes.
Sa época de Tutti-Frutti, a composição de clássicos da música brasileira, e o encontro com o parceiro Roberto de Carvalho, com quem dividiu canções e a vida.
No espetáculo, ele é interpretado por Bruno Fraga.
A cantora revelou, ainda, fatos traumáticos, como sua prisão, grávida do primeiro filho, Beto Lee, em 1976, durante o regime militar no país.
Na cadeia, cantou “Ovelha Negra” para outras detentas, que descolaram um violão para Rita se apresentar.
Com direção de Marcio Macena e Débora Duboi, “Rita Lee Uma Autobiografia Musical” fica em cartaz até 30 de junho de 2024, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 17h, com sessões extras nos dias 11, 18 e 25 de maio, às 16h. Em breve, a produção pode anunciar mais datas.