Durante a primeira reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre uma suposta tentativa de golpe para que ele não assumisse a Presidência da República e chamou Jair Bolsonaro, seu antecessor, de “covardão”.
Na sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), derrubou o sigilo de parte dos depoimentos da investigação sobre a trama.
Dois ex-comandantes das Forças Armadas Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica.
Carlos Baptista Júnior, da Força Aérea Brasileira deram declarações à Polícia Federal que implicaram o ex-presidente.
“Se há três meses quando a gente falava em golpe parecia apenas insinuação, hoje nós temos certeza que esse país correu sério risco de ter um golpe em função das eleições de 2022.
E não teve golpe não só porque algumas pessoas que estavam no comando das Forças Armadas não quiseram fazer, não aceitaram a ideia do presidente, mas também porque o presidente é um covardão”, declarou o petista.
Durante a reunião, foram discutidas diversas ações do governo, incluindo a ampliação do Bolsa Família e o reajuste do salário mínimo.
O ministro Alexandre Padilha destacou que o encontro tinha como objetivo proporcionar uma “visão geral” das atividades do governo.
O Palácio do Planalto está preocupado com a queda de avaliação do petista.
“Se há pessoas que não falam bem da gente, nós temos que falar”, disse Lula, vocalizando a visão de que falta ao governo amplificar seus feitos.
Por outro lado, ele declarou que é preciso “fazer mais” para o brasileiro ter a sensação de que este caminho é o correto.
“Todo mundo sabe também que ainda falta muito para gente fazer.
Por mais que a gente tenha recuperado Farmácia Popular.
Mais Médicos, por mais que a gente tenha feito clínica, a gente ainda tem muito para fazer em todas as áreas. E muito não é nada estranho.
É tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a disputa eleitoral.”
