Malafaia chama de covardes pastores que silenciam sobre operação contra Bolsonaro
A operação da Polícia Federal que atingiu Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus aliados mais próximos tem sido apontada como porta de saída por pastores que se aliaram ao ex-presidente até outro dia.
Mas não veem mais vantagem nessa relação.
O afastamento não seria algo imediato, com declarações públicas contra Bolsonaro. Até porque ninguém ali morre de amores pelo atual titular do Palácio do Planalto, Lula (PT).
E parcerias fisiológicas do passado seriam mais difíceis de justificar perante a polarização mais radical vista nos últimos anos, sobretudo após a eleição de 2018.
A Folha conversou com líderes evangélicos que apoiaram Bolsonaro naquele ano e em 2022, inclusive indo em reuniões com o então chefe do Executivo e o convidando para seus púlpitos.
O sentimento mudou.
Nas palavras de um deles, as medidas autorizadas por Alexandre de Moraes complicam efetivamente a situação de Bolsonaro ante essa liderança cristã.
Um grupo de WhatsApp que reúne vários desses pastores graúdos.
O Aliança, continuava em silêncio sobre a operação policial horas depois de agentes apreenderem o passaporte de Bolsonaro.
Em conversas privadas, um ou outro trocavam impressões, pedindo orações para o nome que endossaram com entusiasmo no pleito do ano retrasado.
Falar abertamente ninguém quer, com exceção do pastor Silas Malafaia.
O único da turma que continuou ao lado do ex-presidente após a derrota nas urnas e consecutivos reveses judiciais.
À Folha Malafaia chamou os colegas de “um bando de covardes e cagões históricos”.