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Relação conturbada de Lula com Câmara teve até ministro oferecendo cabeça ao centrão

Na semana em que líderes da Câmara dos Deputados ameaçaram não votar a MP (medida provisória) que reestruturou a Esplanada dos Ministérios do governo Lula (PT), em maio.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

Chegou a oferecer o próprio cargo ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e a lideranças do centrão.

Descrita como tensa, a reunião simboliza o clima que permeou todos esses meses de aliança entre o esquerdista Lula e os vários partidos de centro-direta e de direita que ele buscou para ter apoio no Congresso Nacional.

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Eleito com uma base de esquerda que conquistou apenas um quarto das cadeiras da Câmara.

Lula distribuiu desde a transição até setembro deste ano 11 ministérios.

 A União Brasil, MDB, PSD, PP e Republicanos os dois últimos integrantes do centrão que foram o sustentáculo do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Apesar disso, a relação é altamente instável e repleta de episódios de nervos à flor da pele.

Neste fim de ano, a cúpula da Câmara já fez chegar a Lula uma nova insatisfação com Padilha.

Houve o pedido de um nome de fora do PT para a articulação política.

Mas o presidente afagou o subordinado, que evitou comentar o assunto.

De qualquer forma, o indicativo é de um 2024 não menos tenso na relação do governo com o Congresso.

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