Guerra no Oriente Médio e alta dos juros no exterior vão limitar queda da Selic em 202
O cenário rodeado de incertezas, causadas pelo movimento de alta dos juros no exterior e receios com o avanço da guerra no Oriente Médio.
Vai impedir que a atual sequência de baixas da taxa básica de juros seja tão efetiva como imaginado anteriormente.
Após o corte de 0,5 ponto percentual da taxa Selic, de 12,75% para 12,25% ao ano anunciado nesta quarta-feira (1º).
A percepção do mercado financeiro é de que a taxa básica caia com a mesma intensidade mais cinco vezes, até atingir 9,75% ao ano, em junho de 2024.
Para os dois encontros seguintes do Copom (Comitê de Política Monetária).
São esperadas quedas menores da Selic, de 0,25 ponto percentual, para 9,25% até o fim do ano.
Até a semana passada, a expectativa era que a taxa básica encerraria 2024 em 9% ao ano.
As expectativas também elevam de 8,5% para 8,75% a estimativa de juros básicos ao fim de 2025.
“O ambiente externo mostra-se adverso, em função da elevação das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos.
Da resiliência dos núcleos de inflação em níveis ainda elevados em diversos países e de novas tensões geopolíticas”, diz o comunicado que justifica o terceiro corte consecutivo da Selic.