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Número de mortos em Gaza ultrapassa 42,4 mil após mais de um ano de ofensiva israelense

As mortes na Faixa de Gaza devido aos ataques israelenses ultrapassam as 42,4 mil, incluindo mais de 17 mil menores, após mais de um ano de ofensiva militar, que agora se concentra na metade norte do enclave, em particularmente no campo de refugiados de Jabalia, sitiado durante 12 dias. Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde da Faixa registrou 65 mortos e 140 feridos que chegaram aos hospitais do enclave até à meia-noite.

Desde 7 de outubro, os feridos na Faixa chegam a 99.153, enquanto a Saúde estima em cerca de 10 mil o número de corpos desaparecidos sob os escombros e em 902 o número de famílias de Gaza que foram completamente eliminadas. As autoridades de Gaza, as agências humanitárias e a ONU denunciaram que não entra comida nem medicamentos na parte norte da Faixa de Gaza há 12 dias, enquanto os hospitais da região estão sob o cerco do Exército. O cerco ao campo de refugiados de Jabalia já provocou mais de 300 mortos em 12 dias, na terceira incursão militar em grande escala sofrida pelo segundo maior campo da Faixa desde o início da guerra, em 7 de outubro.

O comissário-geral da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, advertiu que há cerca de 400 mil pessoas retidas no norte da Faixa, onde 70% da infraestrutura está destruída. “A maioria da população de Gaza está superlotada em uma área que não ultrapassa 10% de toda a superfície da Faixa, e estamos preocupados com a diminuição do volume de ajuda humanitária que entra”, denunciou o chefe da UNRWA, que perdeu mais de 200 trabalhadores nesta guerra.

Sobre a “catastrófica e sem precedentes” situação humanitária no norte da Faixa, o governo do Hamas em Gaza exigiu ontem (16) à noite “a abertura imediata e real de um corredor seguro para salvar o sistema sanitário”, que mantém os quatro principais hospitais da área: Kamal Adwan, Indonésio, Al Awda e Al Saeed. “O Kamal Adwan alberga a única unidade pediátrica, que está cheia de casos graves que exigem cirurgias e cesarianas, que são realizadas em condições perigosas, insalubres e sem precedentes. Os recém-nascidos precisam de uma unidade de cuidados intensivos para eles imediata e rapidamente”, indicou.

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