Banco Central eleva risco de inflação estourar a meta em 2023, mas aumenta projeção do PIB
A probabilidade da inflação no Brasil ficar acima do teto da meta em 2023 aumentou de 61% para 67%.
É o que aponta o Relatório Trimestral de Inflação divulgado para o Banco Central (BC) nesta quinta-feira, 28.
De acordo com a autoridade monetária, a estimativa é que a taxa termine o ano em 5%, o que representa o terceiro ano consecutivo acima do teto.
Neste ano, a meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima (4,75%) ou para baixo (1,75%).
Ainda que acima do limite de intervalo de tolerância, que é de 4,75%, o resultado é inferir ao de 2022.
Quando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) terminou em 5,8%.
Entre os fatores que justificam a revisão, o BC cita a trajetória mais baixa da taxa Selic.
A disparada do preço do petróleo e os indicadores de atividade econômica mais fortes do que o esperado.
”A inflação ao consumidor, medida pelo IPCA, surpreendeu para baixo no trimestre encerrado em agosto.
Em sentido contrário, a projeção de inflação de setembro foi revista de 0,26% no relatório anterior para 0,38% no atual”, diz o relatório.
Para 2024, o Banco Central estima que o IPCA encerre o ano em 3,5%; em 3,1% para 2025 e 3% para 2026.
No relatório, também é apresentada a revisão para o PIB ( Produto Interno Bruto), com projeção de aumento de 2% para 2,9% neste ano.
A revisão do crescimento econômico do Brasil em 0,9% no segundo trimestre.
“Avalia-se que o forte crescimento no primeiro semestre em parte reflete fatores transitórios e que permanece a perspectiva de que a atividade cresça em ritmo menor nos próximos trimestres e ao longo de 2024”, diz o Banco Central.
Para 2024, a projeção é de crescimento de 1,8%.